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Dilma formaliza convite a Chioro para Ministério da Saúde

Alexandre Padilha deixará o cargo para disputar o governo de São Paulo

Dilma Rousseff em coletiva de imprensa: troca do Ministério da Saúde é uma das dez que a presidente deve fazer até o Carnaval (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff em coletiva de imprensa: troca do Ministério da Saúde é uma das dez que a presidente deve fazer até o Carnaval (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 11h35.

Brasilia - A presidente Dilma Rousseff convidou nesta terça-feira o atual secretário da Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro, para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Alexandre Padilha, que deixará o cargo para disputar o governo de São Paulo, disse à Reuters uma fonte do Palácio do Planalto.

Chioro reuniu-se com Dilma nesta terça, em Brasília. A escolha deve-se principalmente ao trabalho que desenvolveu no município, comandado pelo petista Luiz Marinho. O prefeito esteve com a presidente, na semana passada, para tratar da indicação.

A troca do Ministério da Saúde é uma das dez que a presidente deve fazer até o Carnaval, para liberar os ministros que pretendem disputar as eleições neste ano. Na segunda-feira, Dilma também bateu o martelo sobre a ida do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para a Casa Civil no lugar da ministra Gleisi Hoffmann, que deve disputar o governo do Paraná.

A fonte disse à Reuters, sob condição de anonimato, que Chioro deve fazer parte da comitiva presidencial na viagem a Cuba, na semana que vem. Lá, a presidente cumpre agenda bilateral com o presidente Raúl Castro e participa da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Ele só deve assumir o cargo oficialmente quando a presidente retornar das viagens internacionais, no fim do mês.

Cuba é parceiro do Brasil no programa Mais Médicos. Os profissionais estrangeiros que participam do programa são, na maioria, cubanos.


A escolha de Chioro é uma das poucas que levam em conta mais os critérios técnicos do que políticos.

Reeleição

A maior parte das mudanças a serem promovidas por Dilma no governo tem objetivo agregar o máximo de aliados, visando o projeto de reeleição. Quanto mais partidos na aliança, mais tempo a petista terá na TV durante a campanha.

Dilma tem dificuldades para atender a todos os pedidos de novos e antigos aliados que querem um lugar na Esplanada dos Ministérios.

Na semana passada, ao informar ao PMDB que devido ao pedido dos demais aliados não poderia entregar o comando do Ministério da Integração ao partido, a presidente enfrentou revolta de uma ala peemedebista que considera acanhado o espaço da legenda no primeiro escalão.

O vice-presidente Michel Temer, que é presidente licenciado do PMDB, fez uma reunião de emergência com a cúpula do partido na semana passada para acalmar os ânimos de alguns colegas que cogitavam inclusive retirar o apoio a Dilma na reeleição.

Na elaboração da reforma, Dilma tentará atender o PP, que hoje comanda o Ministério das Cidades e quer pelo menos mais uma pasta; do PSD, que comanda a pasta de Micro e Pequenas Empresas e já se comprometeu a apoiar a reeleição de Dilma; do recém-criado Partido Republicano da Ordem Social (Pros); e do PTB, que pede um ministério, entre outras reivindicações.

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