Piloto de testes e o premiê da Suécia, Stefan Lofven (e), mostram para a presidente Dilma Rousseff um caça Gripen (Stefan Jerrevang/TT News Agency/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2015 às 15h39.
Copenhague - A presidente Dilma Rousseff encerrou nesta segunda-feira sua viagem à Suécia com uma visita à fábrica da empresa Saab, em Linköping, para verificar o processo de fabricação dos caças Gripen NG, comprados há um ano pelo Brasil.
Os governos dos dois países firmaram um acordo em 2014, avaliado em US$ 5,4 bilhões, pelo qual a Força Aérea Brasileira (FAB) receberá 36 caças entre 2019 e 2014, em uma operação financiada pelo Instituto Sueco de Crédito à Exportação.
Do total, 15 aviões serão construídos nas fábricas da Embraer, em acordo no qual a Saab transferirá a tecnologia necessária para o desenvolvimento dos caças pela companhia brasileira.
Durante sua passagem pela Suécia, Dilma defendeu em várias oportunidades a solidez das finanças do país para quitar o financiamento apesar da crise da economia brasileira.
"Não acredito que a questão da crise tenha relevância no acordo dos Gripen", declarou em entrevista coletiva conjunta o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, ressaltando que a aquisição dos caças é um dos projetos mais importantes do Brasil.
Dilma tinha defendido a economia brasileira horas antes em um fórum empresarial em Estocolmo, capital da Suécia, enfatizando que o comércio entre os dois países cresceu 45% na última década e que há potencial para ampliá-lo.
A presidente também visitou o Real Instituto de Tecnologia e a sede da fabricante de equipamentos de telecomunicação Ericsson.
A Ericsson anunciou hoje um acordo com a mexicana América Móvil para testar em 2016 os sistemas para redes 5G no Brasil, além de vários programas de pesquisa com universidades brasileiras.
Após a visita à fábrica da Saab, onde hoje começaram a trabalhar 50 engenheiros brasileiros em virtude do acordo entre ambos os países sobre a transferência de tecnologia, Dilma viajou para Helsinque, capital da Finlândia.
Ela se reunirá amanhã com o presidente finlandês, Sauli Niinistö, e o primeiro-ministro, Juha Sipilä, além de participar de um evento com empreendedores.