Brasil

Dilma faz balanço de pactos e diz que precisa fazer mais

Presidente defendeu uma reforma política e disse que o governo ainda precisa avançar nas respostas para mobilidade urbana e saúde

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração do Pier Sul do Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração do Pier Sul do Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2014 às 16h36.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff fez um balanço nesta quarta-feira sobre os cinco pactos que lançou no ano passado, após a onda de manifestações populares, defendeu uma reforma política e disse que o governo ainda precisa avançar nas respostas para mobilidade urbana e saúde.

Em discurso durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, disse que o governo conseguiu avançar no pacto pela educação e pela estabilidade fiscal, mas nos pactos de mobilidade urbana, saúde e reforma política as propostas ainda precisam de melhorias.

Dilma disse que os 143 bilhões de reais investidos pelo seu governo em mobilidade urbana ainda não são suficientes para atender à demanda da população, mas ressaltou que sua gestão foi a primeira do país a pautar esse tipo de investimentos.

"Eu não acho o programa de mobilidade perfeito, tem muitos atrasos, tem hora que não conseguimos fazer os projetos", lamentou Dilma na reunião do Conselhão, no Palácio do Planalto.

Ao falar do pacto da saúde, que está baseado principalmente no programa Mais Médicos, que até o final do governo deve importar cerca de 14 mil profissionais de outros países para garantir o atendimento da população, e uma maior oferta de vagas de medicina nas faculdades, Dilma disse que nessa área também precisa haver mais avanços.

"Eu acredito que na saúde ainda temos muita coisa a avançar. Como temos na mobilidade também", disse.

"No caso da saúde temos que levar em conta a existência do sistema privado de saúde. Temos que ver como nós iremos da forma mais criativa possível olhar para esse encaixe e como podem ser complementares (os sistemas públicos e privados)", argumentou a presidente.


Segundo ela, as mudanças necessárias para encaixar os dois sistemas ainda vão demandar muito debate, e o governo precisa de sugestões.

O pacto pela reforma política proposto por Dilma, que previa mudanças no sistema eleitoral e no financiamento das campanhas eleitorais por meio de um plebiscito e que foi rejeitado pelo Congresso, voltou a ser defendido pela presidente.

Ela disse que essa reforma é essencial para o país, apesar do fracasso de sua tentativa no ano passado.

"Nós enviamos... ao Congresso Nacional a proposta de uma reforma política por meio de uma consulta popular. Não foi só o governo, mas várias entidades, partidos políticos. E nós tivemos um efetivo insucesso", disse Dilma Dilma ressaltou ainda a necessidade de engajamento de todos, principalmente da sociedade civil.

"O governo manda a proposta, o governo, em muitos momentos, não tem correlação de forças para aprová-las. Para se ter correlação de forças para aprovar, é obvio que a sociedade, nas suas diferentes instâncias, tem que se manifestar", argumentou.

As manifestações que tomaram ruas de cidades por todo o país no ano passado reivindicaram melhoria nos serviços, especialmente saúde e educação, combate à corrupção, entre outras demandas.

Após a onda de protestos, pesquisas de opinião detectaram quedas expressivas na avaliação positiva do governo e da presidente, que usufruía até então de taxas recordes de aprovação popular.

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