Dilma Rousseff: “Mesmo sendo o país com a maior reserva de água doce do planeta a água se distribui de forma desigual pelo território”, disse a presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 13h45.
Brasília – Ao participar hoje (16) da entrega do 27° Prêmio Jovem Cientista – que teve como tema Água: desafios da sociedade, a presidente Dilma Rousseff falou sobre o desafio do consumo sustentável da água e lembrou que o Nordeste enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos.
Segundo ela, embora não seja possível combater a seca, é preciso criar mecanismos para minimizar seus efeitos.
“Mesmo sendo o país com a maior reserva de água doce do planeta a água se distribui de forma desigual pelo território e isso explica por que uma das principais regiões do país, o Nordeste, está atravessando a pior seca dos últimos 50 anos”, disse.
Neste ano, o Prêmio Jovem Cientista teve o recorde de 3.226 inscrições.
O maior número de inscritos (2.541) foi na categoria estudante do ensino médio. No concurso são premiadas as categorias: mestre e doutor, estudante do ensino superior, estudante do ensino médio e mérito institucional. Há ainda um prêmio de mérito científico para pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema.
Durante a entrega dos prêmios, a presidente Dilma destacou a importância da inovação produzida pelos jovens cientistas e contou que vai pedir à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para entrar em contato com o vencedor do prêmio na categoria ensino médio, o estudante José Leôncio de Almeida Silva, que desenvolveu projeto de irrigação, para avaliar a viabilidade de aplicação da iniciativa.
“Fica claro como é possível, nesse prêmio Jovem Cientista, um projeto ter destinação praticamente imediata”, disse Dilma.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, enfatizou a importância do conhecimento científico e da tecnologia como fatores fundamentais para impulsionar o crescimento do país. “
Sabemos todos que esta é uma necessidade premente para o Brasil: precisamos melhorar nossa produtividade e aumentar nossa competitividade e a ciência, a tecnologia e a inovação são instrumentos indispensáveis para isso”, disse.
Os prêmios totalizam mais de R$ 700 mil, entre valores em dinheiro e laptops, além das bolsas de estudo concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O Prêmio Jovem Cientista foi criado pelo CNPq em 1981 e conta com parceria da Fundação Roberto Marinho, Gerdau e General Eletrics.