Dilma entrega habitações em Presidente Prudente (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 15h33.
A presidente Dilma Rousseff entregou hoje (16) 2.343 unidades do Minha Casa, Minha Vida em Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
Simultaneamente à cerimônia com Dilma, a presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, entregou 256 moradias do programa no município de Cotia, também no interior paulista.
Os empreendimentos receberam R$ 179,1 milhões e devem beneficiar cerca de 10 mil famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil.
Durante a cerimônia, Dilma reforçou que “não há hipótese” de o governo não levar adiante a Fase 3 do Minha Casa, Minha Vida e disse que parte das medidas de reequilíbrio do Orçamento foi proposta justamente para preservar investimentos no programa habitacional.
“Como qualquer família, a gente dá uma apertada no cinto e preserva o que é melhor para o futuro das pessoas. É para isso que estamos fazendo um aperto, para conseguir manter aquilo que é mais importante, que é o que uma dona de casa faz quando a família enfrenta dificuldades”, afirmou.
A terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida foi apresentada a movimentos sociais de moradia e ao setor da construção civil na última semana, mas ainda não tem data para ser lançada oficialmente.
A promessa do governo é contratar mais 3 milhões de unidades habitacionais na nova etapa do programa, que teve os limites de renda e financiamento atualizados e os juros do financiamento aumentados.
Dilma disse que as casas, além de um lar, são um patrimônio para as famílias e pediu que os beneficiários cuidem dos imóveis.
“A hora que vocês virarem a chave, vocês estão entrando para algo que é de vocês. Só peço uma coisa: daqui para a frente é com vocês. São vocês que têm que cuidar disso aqui com carinho. Quero que vocês se organizem em condomínios e conservem o que é de vocês.”
Segundo a presidente, mais de 11 mil casas do programa já foram entregues na região de Presidente Prudente e 2,5 mil estão em construção.
Dilma também destacou investimentos em saneamento, agricultura e programas nas áreas de saúde e educação na região, como o Mais Médicos, a reforma de unidades de pronto atendimento e a construção de creches.
“Nosso cálculo é que desse momento em diante iremos investir em torno de 700 milhões de reais [na região] até 2018”.
Crise política Durante o discurso, Dilma voltou a chamar de golpe as eventuais tentativas de interrupção de um governo eleito democraticamente.
“Qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe, principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos questionáveis”, disse.
Mais cedo, em entrevista a uma rádio da cidade, Dilma afirmou que usar a crise econômica como instrumento para chegar ao poder é “uma versão moderna do golpe”.
As duas declarações mostram uma mudança de tom da presidente diante dos pedidos de impeachment que ganham força no Congresso Nacional. Até ontem (15), Dilma evitava usar a palavra golpe quando era perguntada sobre o assunto.
“Conquistamos a democracia com imenso esforço. E qual a base da democracia? A base da democracia é a legalidade dada pelo voto de cada um dos brasileiros e brasileiras”, agitmou, durante o discurso.
Dilma também voltou a criticar os que, segundo ela, apostam no “quanto pior, melhor”. “Quem acha que tudo vai dar errado, chama o erro para si mesmo, quem acha que tudo está ruim, chama a dificuldade para si mesmo”, disse a presidente.