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Dilma é orientada a atacar programa econômico de Marina

Presidente recebeu do seu comitê de campanha um documento com críticas ao programa econômico divulgado pela adversária

Dilma conversa com um assessor antes do debate eleitoral do SBT, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

Dilma conversa com um assessor antes do debate eleitoral do SBT, em São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 18h19.

Brasília- Para confrontar Marina Silva (PSB), no debate entre os presidenciáveis desta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff recebeu do seu comitê de campanha um documento com críticas ao programa econômico divulgado pela adversária na semana passada, apontando incoerências nas propostas de independência do Banco Central e na criação de Conselho de Responsabilidade Fiscal.

O documento para subsidiar as críticas a Marina foi elaborado após uma discussão com economistas no comitê de e orienta Dilma a tachar a proposta de mudança legal para dar autonomia ao BC e a criação de um órgão independente para acompanhar a política fiscal do governo como "entreguismo", disse à Reuters uma fonte da campanha petista.

Segundo essa fonte, que falou sob condição de anonimato, o projeto econômico de Dilma, que foi discutido por esses economistas, difere completamente do apresentado por Marina na semana passada.

O PT avalia que o governo tem que manter maior controle da economia para evitar "arrocho salarial e desemprego", disse a fonte.

Depois que Dilma fizer os últimos retoques nas propostas, a campanha petista deve passar a exibir o programa de governo da petista para um segundo mandato nos próximos dias durante o horário eleitoral obrigatório.

Nos últimos programas na TV, entretanto, já há mudanças visíveis no conteúdo, que foram determinados pelo novo cenário eleitoral, segundo essa fonte.

Antes pautado pelas realizações dos governos Lula e Dilma, recheado de histórias de pessoas que se beneficiaram das políticas sociais, agora o programa passou a apresentar novas propostas, tentando mostrar o que a presidente ainda pode fazer se for reeleita.

"Essa seria a linha do segundo turno, se houvesse. Agora com a certeza de segundo turno, houve uma antecipação dessa estratégia", contou a fonte.

As críticas ao programa de governo de Marina fazem parte de outra mudança na estratégia, revelada por uma fonte próxima aos coordenadores da campanha petista na semana passada, que é contestar a candidata do PSB como representante da terceira via.

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