Presidente Dilma Rousseff durante entrevista no Palácio do Planalto, dia 18/04/2016 (Ueslei Marcelino / Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 25 de julho de 2016 às 16h29.
São Paulo – A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que não participará da Olímpiada em uma posição secundária. Segundo ela, os “jogos são fruto de um grande trabalho do ex-presidente Lula” e de seu governo.
À Rádio França Internacional (RFI), Dilma falou nesta segunda-feira (25) que o Rio está preparado para receber o evento e acredita que o país tem "a melhor segurança possível" para controlar possíveis ataques terroristas.
“No caso da Olimpíada, o Brasil manteve contato com todas as unidades de inteligência dos principais países do mundo com experiência nessa questão. Temos a melhor segurança possível”, disse Dilma Rousseff à RFI. “Não temos conflitos étnicos aqui, não temos conflitos religiosos, o clima é melhor”.
Questionada sobre o surto de Zika no país, a presidente afastada diz que essa questão não deve criar constrangimentos no que tange o comparecimento das pessoas.
A presidente afastada recorda que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que há um risco muito baixo de uma proliferação do vírus devido aos Jogos.
Faltando cerca de um mês para decisão final sobre o impeachment ou não da presidente afastada, a RFI questionou a petista sobre quais seriam suas primeiras medidas se voltasse ao exercício da Presidência.
Em crítica, ela diz que o governo interino está definindo projetos radicalmente opostos ao programa pelo qual foi eleita.
“Há muita coisa a ser feita”, afirma. “A crise econômica dentro do Brasil só tomou essa proporção por causa da crise política”.