Presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e o candidato Aécio Neves (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2014 às 18h12.
Rio de Janeiro - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta sexta-feira que se viu obrigada a elevar o tom na campanha para o segundo turno pelas provocações do candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves.
A governante afirmou em entrevista coletiva que sua intenção era apresentar propostas e seu programa de governo nos debates televisivos com o opositor, mas que teve que dedicar parte do tempo a defender-se dos ataques de Aécio.
"Eu não estou levando (as discussões) para esse rumo. Eu fui levada a esse rumo" declarou Dilma em Florianópolis, onde participou de um encontro com prefeitos e vice-prefeitos catarinenses.
No debate promovido pelo SBT ontem, Dilma e Aécio, que estão tecnicamente empatados nas pesquisas de intenções de voto, trocaram duras críticas e acusações, que incluíram alusões à vida pessoal e a de seus familiares.
Além de acusações de corrupção a seus respectivos partidos, a presidente chegou a insinuar que seu rival se negou a submeter-se a um teste de bafômetro por ter consumido bebidas ou drogas, enquanto o tucano acusou um irmão de Dilma de receber salário de um emprego público sem trabalhar.
"Acredito que os debates seriam melhores se fossem propositivos. Tenho um conjunto de propostas a fazer, algumas delas já são realidade", destacou Dilma, para depois advertir que não se negará a abordar nenhum assunto caso seu adversário a provoque.
"Não posso me furtar ao debate que vier porque sou candidata. Não posso usar nenhum artifício e fugir das discussões", completou.