Brasil

Dilma diz que Brasil é "insuperável" na preparação para Copa

Presidente exaltou a preparação brasileira para a Copa do Mundo de 2014 apesar dos atrasos nas obras de estádios e infraestrutura

Presidente Dilma Rousseff dá o pontapé inicial da Arena Fonte Nova ao lado do governador da Bahia Jaques Wagner (PT), em Salvador (Manu Dias/Bahia/Reuters/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff dá o pontapé inicial da Arena Fonte Nova ao lado do governador da Bahia Jaques Wagner (PT), em Salvador (Manu Dias/Bahia/Reuters/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 13h36.

Apesar dos atrasos nas obras de estádios e infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, na inauguração da Arena Fonte Nova, em Salvador, que o Brasil tem sido "insuperável" fora de campo na preparação para a competição.

O estádio na capital baiana, o terceiro a ficar pronto entre os 12 que serão utilizados na Copa do Mundo, tinha prazo inicial de conclusão até dezembro de 2012 para a Copa das Confederações que será realizada em junho deste ano, mas, assim como outras arenas, estourou o cronograma.

Dilma, que também participou das inaugurações dos outros dois estádios prontos --o Mineirão em Belo Horizonte e a Arena Castelão em Fortaleza, em dezembro-- fez uma comparação entre o futebol brasileiro dentro de campo, dono de cinco títulos mundiais, com a preparação do país para o torneio.

"Nós estamos superando as expectativas. De fato nós somos um país conhecido como sendo insuperável ali naquele campo, mas estamos mostrando que somos também um país insuperável fora de campo, nós somos capazes", disse Dilma em discurso na inauguração do estádio, que receberá a primeira partida no domingo, o clássico Bahia x Vitória.

"Nós somos capazes de mostrar que o Brasil dará uma imensa qualidade à Copa das Confederações, à Copa do Mundo e às Olimpíadas nas disputas futebolísticas. Não é qualquer país que tem essa qualidade e essa beleza nos seus estádios", acrescentou a presidente, que deu o pontapé inicial da arena, descalça, no centro do gramado.

Mesmo dentro de campo, o Brasil já não tem mais o mesmo domínio no cenário mundial de outras épocas. A seleção brasileira, que não passa das quartas de final de uma Copa do Mundo desde 2002, ainda não venceu em três jogos disputados sob comando do técnico Luiz Felipe Scolari, que assumiu a equipe no fim do ano passado.


O estádio da Fonte Nova é o terceiro a ser inaugurado entre os seis que serão utilizados na Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho. O local receberá o duelo da primeira fase Brasil x Itália.

Apenas Fortaleza e Belo Horizonte cumpriram o cronograma original que previa a entrega das arenas até dezembro. Devido aos atrasos nas obras, a Fifa estendeu o prazo da entrega até abril para Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Brasília.

Pernambuco vai inaugurar seu estádio em 14 de abril, e Brasília, no dia 21. O último a ficar pronto será o Maracanã, no Rio de Janeiro, palco da final do torneio, com um evento-teste previsto para 27 de abril.

O ritmo dos trabalhos nos estádios e os atrasos para a Copa das Confederações fizeram a Fifa reforçar a data de dezembro deste ano para a entrega das 12 arenas da Copa do Mundo de 2014.

Além dos atrasos nos estádios, que inicialmente eram tratados pela Fifa com a certeza de que estariam prontos a tempo, praticamente todas as obras de mobilidade urbana e reformas de aeroportos estão atrasadas. A maioria das obras não ficará pronta a tempo para a Copa das Confederações, e a previsão de conclusão é apenas às portas do Mundial.

As obras na Fonte Nova começaram em junho de 2010 e incluíram a demolição do antigo estádio, a um custo total de 591,7 milhões de reais. A arena tem capacidade para 50 mil pessoas.

O antigo estádio foi palco de uma tragédia em 2007, quando parte da arquibancada despencou durante uma partida, matando 7 pessoas.

A venda de ingressos para o jogo inaugural da nova Arena Fonte Nova foi marcada por uma confusão, na semana passada, provocada pelo grande número de torcedores do lado de fora do estádio. A polícia precisou usar bomba de efeito moral para afastar a multidão.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoDilma RousseffEsportesEstádiosFutebolPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Vai chover no Natal? Defesa Civil de SP cria alerta para o feriado; veja previsão

Acidente em MG: Motorista de carreta envolvida em tragédia se entrega após passar dois dias foragido

Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a Argentina

Oito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão