Brasil

Dilma diz precisar de aliados comprometidos

"Nenhuma força política sozinha é capaz de dirigir um país com essa complexidade", afirmou a presidente


	A presidente Dilma Rousseff: "Nós vamos continuar sendo um dos países com a menor taxa de desemprego do mundo", afirmou Dilma.
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

A presidente Dilma Rousseff: "Nós vamos continuar sendo um dos países com a menor taxa de desemprego do mundo", afirmou Dilma. (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 15h21.

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira a necessidade de se montar coalizões políticas para governar um país "da complexidade" do Brasil e, em cerimônia que teve a participação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que os aliados têm de estar comprometidos com um projeto de nação.

Campos, que participou com Dilma da cerimônia de inauguração de uma adutora para combater os efeitos da seca na cidade pernambucana de Serra Talhada, é um aliado histórico do PT, mas tem se movimentado na direção de uma eventual candidatura à Presidência em 2014, quando Dilma buscará a reeleição.

"Nenhuma força política sozinha é capaz de dirigir um país com essa complexidade, precisamos de parceiros, precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse caminho", disse Dilma durante a cerimônia.

Em seu discurso, a presidente elogiou a parceria do governo federal com a administração de Campos no Estado e citou vários investimentos federais em Pernambuco, como a duplicação de estradas e a refinaria da Petrobras em Abreu e Lima, que a presidente garantiu que será concluída.

"Pernambuco eu acho que é um novo Pernambuco nos últimos dez anos e, sem dúvida, o governador tem um grande papel nisso e o governo federal, tanto com Lula como na minha gestão, também tem", disse.

"Nós conseguimos fazer um conjunto de obras que mostram uma nova face para esse novo Nordeste. Eu me refiro ao porto de Suape, à refinaria Abreu e Lima, duplicação de estradas federais." Originalmente, a refinaria foi concebida para ser uma parceria da Petrobras com a estatal venezuelana PDVSA, que teria 40 % do projeto, mas essa sociedade ainda não foi fechada. As duas companhias seguem negociando a sociedade mas a estatal brasileira vem construindo a refinaria sozinha.


Dilma também exaltou em diversos momentos de sua fala seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrando que ele é nordestino e pernambucano.

Ela aproveitou ainda para elogiar figuras históricas do PSB, como o ex-governador pernambucano Miguel Arraes, avô de Campos morto em 2005, e o escritor Ariano Suassuna, presidente de honra do partido.

Trajetória mantida

A presidente voltou a prometer que o Brasil seguirá em sua trajetória atual que, segundo ele, inclui estabilidade econômica e controle da inflação sem, no entanto, deixar de lado o crescimento econômico.

"O Brasil vai continuar numa trajetória de estabilidade, de controle da inflação, mas de crescimento. Nós vamos continuar sendo um dos países com a menor taxa de desemprego do mundo", afirmou.

A economia brasileira teve expansão de apenas 0,9 % e estimativas do mercado financeiro divulgas pelo relatório Focus do Banco Central nesta segunda, apontam expectativa de crescimento de 3 % neste ano. A inflação, por outro lado, está próxima do teto da meta do governo, que é de 6,5 % ao ano, no acumulado em 12 meses.

Dilma também aproveitou o discurso para reiterar sua defesa para destinar à educação os recursos dos royalties pagos pela exploração do petróleo e repetiu que os investimentos educacionais serão essenciais para garantir o futuro do Brasil.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEduardo CamposGovernadoresPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência