Dilma Rousseff: "Subsídio é necessário no Brasil, pois caso contrário não há obras" (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2014 às 17h30.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que apesar de o governo federal não ter responsabilidade constitucional de investir em transporte, só é possível viabilizar grandes obras de mobilidade com articulação entre União, estados, municípios e iniciativa privada.
"É essa articulação que permite a viabilidade do metrô", disse ao participar da cerimônia de contratação do Metrô de Curitiba (PR) e liberação de recursos para obras de mobilidade na cidade.
Segundo a presidente, o governo coloca recursos do orçamento da União "a fundo perdido para o transporte, porque é absolutamente necessário".
Dilma destacou ainda que as condições de empréstimos para infraestrutura de transporte têm de ser facilitadas e afirmou que o financiamento federal para o metrô local é de 30 anos, com 5 anos de carência e juro baixo.
"Só assim é viável", afirmou. "Subsídio é necessário no Brasil, pois caso contrário não há obras", completou.
Dilma elogiou o modelo de transporte paranaense, exaltou o pioneirismo na instalação do expresso Curitiba, que são os ônibus do BRTs, modelos que favorecem a velocidade do transporte público.
Segundo a presidente, o expresso foi uma visão inovadora do processo de transporte urbano.
"Nós estamos querendo essa integração em todo o Brasil", disse. "Colocamos R$ 143 bilhões em investimentos em mobilidade em todas as regiões do país", afirmou.
A presidente relatou ainda mudanças no país e destacou que nos últimos anos o governo conseguiu melhorar a renda da população. "A renda da população cresceu 70% em 12 anos", disse.
Ela comentou que "antes do governo Lula não se investia em mobilidade urbana".
"Nós agora temos de dar conta da nossa época e do passado que não foi feito", afirmou.
Dilma foi aplaudida quando anunciou recursos para obras de infraestrutura na capital paranaense. "Meu presente para vocês é a inclusão do contorno sul de Curitiba no PAC", disse.
Segundo a presidente, serão realizadas obras de restauração e adequação de capacidade de um trecho de 14,5 km.
O investimento estimado é de cerca R$ 400 milhões, mas ainda depende da licitação.
A presidente destacou ainda que o governo federal tem investimentos programados da ordem de R$ 2,2 bilhões em obras diversas rodovias que cortam o estado.
Mais tarde, a presidente fará uma visita a Arena da Baixada, o estádio receberá quatro partidas durante a Copa do Mundo.