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Dilma condena discriminação e silencia sobre "cura gay"

O dia de hoje, 28 de junho, é comemorado por militantes como o Dia do Orgulho Gay


	"A presidente nos disse que o Estado tem o dever de defender e impedir a violência contra a comunidade LGBT, e isso é muito importante vindo da mais alta autoridade da República", disse Toni Reis
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

"A presidente nos disse que o Estado tem o dever de defender e impedir a violência contra a comunidade LGBT, e isso é muito importante vindo da mais alta autoridade da República", disse Toni Reis (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 15h18.

Brasília - Em reunião com representantes de movimentos de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira, 28, que o Estado impeça a violência contra a comunidade LGBT, mas evitou comentar o projeto de "cura gay", que tramita na Câmara dos Deputados, segundo relataram participantes da reunião.

O dia de hoje, 28 de junho, é comemorado por militantes como o Dia do Orgulho Gay.

O PSDB divulgou no último dia 26 nota oficial manifestando publicamente "posição contrária" ao Projeto de Decreto Legislativo 234/2011, mais conhecido como "cura gay".

O projeto, apresentado pelo deputado e pastor evangélico João Campos, filiado ao PSDB de Goiás, tem sido um dos principais alvos dos protestos de rua. Na Câmara, recebeu parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos, sob a liderança do deputado e também pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

"A presidente nos disse que o Estado tem o dever de defender e impedir a violência contra a comunidade LGBT, e isso é muito importante vindo da mais alta autoridade da República", disse Toni Reis, secretário de Educação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).

"Dilma não falou diretamente (sobre o projeto da "cura gay"), mas hoje queremos a rejeição do projeto, que deve ir à votação na semana que vem, ou terça ou quarta-feira (na Câmara). Não se pode curar o que não é doença. Já temos o apoio do PSDB, do PT e de vários partidos para que seja enterrado esse projeto que, pra gente, é uma excrescência de cidadania", destacou Toni Reis. "A presidenta falou na laicidade do Estado, não dá pra fazer propaganda de opções religiosas ou outras questões. Pedimos políticas públicas (para a população LGBT)."

Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, a presidente Dilma se posicionou "muito claramente" contra toda forma de violência e discriminação no Brasil. "Ela posicionou o seu governo contra todas as formas de violência que qualquer brasileiro sofra, se solidarizou e determinou que tenhamos iniciativas concretas para enfrentarmos qualquer violência à comunidade LGBT", disse.

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