Presidente Dilma Rousseff durante discurso (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2014 às 21h57.
São Paulo - Para o cientista político e especialista em pesquisa eleitoral Sidney Kuntz, o resultado da pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira, 17, acende um "sinal amarelo" para o governo.
"A presidente Dilma (Rousseff) chegou num limite. O sinal amarelo acendeu", afirmou ao Broadcast Político.
De acordo com o levantamento, as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff (PT) oscilaram de 38% no início de julho para 36% agora.
O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, manteve 20% das intenções de voto. O candidato do PSB, Eduardo Campos, oscilou de 9% para 8%.
Kuntz pondera que, ao contrário do que era aguardado pela oposição, a Copa do Mundo e a eliminação do Brasil da competição não tiveram impactos diretos no resultado do levantamento.
"Somando os prós e os contras da Copa, Dilma não conseguiu ganhar e nem perder votos", afirmou, ressaltando que a passagem de 38% para 36% das intenções de voto está dentro da margem do erro.
O cientista político destacou ainda que o levantamento de um possível segundo turno entre Dilma e Aécio também mostra um resultado desconfortável para o governo.
Segundo o Datafolha, Dilma está tecnicamente empatada com Aécio. A petista tem 44% das intenções ante 40% do tucano, dentro da margem de erro.
No levantamento anterior, Dilma somava 46% e Aécio, 39%. "No segundo turno, Aécio dobra o seu potencial de votos. Já Dilma acrescenta 20% do que ela tem", explica.
Para Kuntz, o "resto do jogo" eleitoral agora será focado nos debates e nas propagandas de rádio e TV. "A oposição tem o desafio de se tornar conhecida", disse. "O Campos patina na casa dos 8%, 9%. Ainda é desconhecido", completa.