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Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 21h13.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff comentou nesta terça-feira, 28, em Cuba, as recentes manifestações que têm acontecido no País e disse que o "Brasil tem maturidade democrática" para lidar com os protesto. "Isso ninguém tira de nós", disse, em Havana, antes de participar da II Cúpula da Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac).
Segundo a presidente, poucos países tiveram uma conduta democrática como o Brasil diante de protestos. "Nós não fomos para a repressão, tomamos medidas, criamos os cinco pactos", afirmou, citando o Programa Mais Médicos como um dos resultados das promessas feitas após os protestos do ano passado.
Apesar de defender a postura do governo frente às manifestações, Dilma afirmou que "o governo é contra atos de vandalismo, e violência contra pessoas, patrimônio públicos e privado", disse. Em relação ao episódio da violência em São Paulo no último sábado, quando o manifestante Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça, de 22 anos, acabou baleado pela polícia, a presidente afirmou que "houve um problema, que tem de ser esclarecido", disse, ressaltando que não é certo prejulgar e que o governo de São Paulo tem tentado esclarecer o ocorrido.
Copa
Dilma voltou a exaltar a Copa do Mundo e disse que o País investiu em uma série de medidas para o evento e que vai haver legado para a população. "Principal investimento está nas estruturas de aeroportos, portos e mobilidade urbana", afirmou. Segundo a presidente, o Brasil está gastando R$ 143 bilhões em mobilidade urbana, em "investimentos que vão para além de Copa". "Somos a 'casa' do futebol e estamos dando uma das maiores festas do mundo", afirmou.
Ela disse ainda que a Copa no Brasil será um exemplo de um evento "antirracista, pró-questão de gênero das mulheres e pela paz". "É uma visão pequena não perceber a importância da Copa para o Brasil", afirmou.
Cuba
Após chamar de "injusto" o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto à ilha socialista pelos Estados Unidos desde fevereiro de 1962, Dilma voltou a criticar a situação de Cuba durante discurso. "A presidência de Cuba na Celac mostra o quanto é anacrônica essa exclusão, a qual o Brasil sempre se impôs contra", afirmou.
Exaltando o papel da Celac, Dilma afirmou que tem a "convicção de que não haverá verdadeira integração econômica na América Latina e no Caribe sem Cuba". A presidente citou ainda a parceria brasileira com o país para a construção do Porto de Muriel, afirmando que a obra "é exemplo concreto de possibilidades de cooperação, da integração latino-americana". "Com ele, fica claro que não só a cooperação é possível, como é necessário uma política de convergência que reduza as assimetrias", disse.
Dilma afirmou que a cúpula mostra que os países estão unidos em busca de prosperidade para a região. "Optamos por modelos políticos e econômicos diversificados na América Latina", comentou, para depois enfatizar que os países "buscam consenso e estão unidos no combate à pobreza e na busca do desenvolvimento econômico, na criação e geração de emprego". "Estamos unidos na paz, na luta pela paz, na luta contra a discriminação, na busca da prosperidade para nossos países e região", acrescentou.