São Paulo - A presidente Dilma Rousseff esteve na capital paulista na manhã de hoje (26) para anunciar investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para melhorar a mobilidade paulistana e combate à enchente. O governo federal investirá, nos dois programas, um total de R$ 2,6 bilhões.
Ao custo de 1,6 bilhão a construção da linha 6 – Laranja vai ligar o centro, e as regiões oeste e norte da cidade, passando por bairros como São Joaquim, Freguesia do Ó e Brasilândia, totalizando 16 quilômetros. A linha Laranja atenderá várias universidades, como a Fundação Armando Alvares Penteado, Faculdade Getulio Vargas e a Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Participaram da assinatura dos contratos, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho e o governador Geraldo Alckmin. “Esta será a linha das universidades, importante para a qualidade de vida dos estudantes”, destacou o governador.
Além do metrô, o governo federal vai investir R$ 2 milhões em corredores exclusivos de ônibus, no total de 51 quilômetros. “É o metrô sobre rodas, porque permite rapidez maior. É como ir da cidade de São Paulo até Ferraz de Vasconselos”, disse Dilma.
Duas cidades da região metropolitana também vão receber investimentos em mobilidade. Em Mauá, um viaduto vai ser construído exclusivamente para o transporte coletivo e, em Ribeirão Pires, serão feitas a transposição de via férrea, que reduzirá em 25 minutos o percurso entre o centro e o bairro, além de a construção de faixas de transporte coletivo. No total, as intervenções nas duas cidades custarão R$ 96,5 milhões.
No combate as enchentes, quatro reservatórios de água, ao custo de R$ 651 milhões vão auxiliar no escoamento de água fluvial no município. Além disso, vai ser efetuada intervenções em bacias da cidade. “Nós sabemos que a chuva, quando causa enchentes, impõe perdas e coloca em risco a vida das pessoas, crianças, adultos, e também, numa cidade desta dimensão, cria problemas de fluidez no tráfego”, destacou a presidenta.
Depois do encontro na capital paulista, a presidente Dilma segue para a cidade de Santos, no litoral paulista, onde vai anunciar melhorias para a região da Baixada Santista.
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1. O que não vai ficar
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São Paulo - Das obras que foram planejadas para 2014, só os estádios estão garantidos. As seleções precisam ter onde jogar, mas, depois que a
Copa do Mundo acabar, o legado que essas monumentais construções vão deixar para a população será pequeno. As obras que vão fazer a diferença, mesmo, serão as que estão sendo feitas em
infraestrutura:
aeroportos (muitos em parceria público-privada) e mobilidade urbana. E essas não estão garantidas para 2014. Longe disso: muitas dessas obras já apresentam atrasos preocupantes, algumas não tiveram sequer os empréstimos contratados (correm sério risco de parar pela metade) e 35% têm data de entrega em cima da hora, para maio ou junho e 2014. Confira seis obras na área dos
transportes que foram prometidas para daqui dois anos, mas já sabemos que não serão entregues - ou estão em situação crítica.
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2. Monotrilho - São Paulo
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São Paulo só havia prometido uma obra para a Copa do Mundo: o monotrilho que ligaria o Aeroporto de Congonhas até o bairro do Morumbi, na Zona Sul da capital. A chamada Linha 17 - Ouro do metrô, porém, não vai existir antes de 2014. A justificativa para o atraso foi de que houve demora para obtenção de licenças ambientas, mas as licenças foram publicadas no Diário Oficial em março, mesmo mês que o governador Geraldo Alckmin reiterou a intenção de conclusão para antes da Copa. Em novembro, Alckmin admitiu que o monotrilho quer permitirá às pessoas saírem do aeroporto de Congonhas e pegar o trem não vai ficar pronto.
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3. Avenida - Porto Alegre
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A duplicação da Avenida Tronco, em Porto Alegre, vai aumentar o trecho em 5,3 km, com ciclovia, corredor de ônibus e tratamento paisagístico. É uma das dez principais obras de legado da Copa já que criaria uma alternativa rápida de ligação entre a Zona Sul e o Centro, desafogando a Avenida Beira-Rio (Edvaldo Pereira Paiva), onde fica o estádio. Entretanto, em julho de 2012 a obra ainda não havia começado nos principais trechos por conta de problemas na expropriação das famílias. Para piorar, no mesmo mês a licitação foi suspensa em caráter preventivo por suspeitas de fraude. Segundo o site do governo gaúcho, as obras estão com a burocracia correta, no prazo e devem ficar prontas até maio de 2014, mas, segundo o TCU, cinco das dez obras da capital do Rio Grande do Sul, inclusive as obras da Avenida Tronco, ainda sequer foram apresentadas à Caixa Econômica Federal, que vai financiar parte do valor.
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4. VLT - Brasília
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Brasília ganhou um projeto de VLT (veículo leve sobre trllhos) que ligaria o Aeroporto de Brasília à Asa Sul da capital brasileira. Já em 2011 o primeiro trecho do VLT em Brasília teve suas obras paralisadas por fraude na licitação que ocorrera dois anos antes. No início do ano, foi declarado que o trecho Aeroporto - Asa Sul (que teria 6,4 km de extensão e quatro estações) não ficaria pronto antes da Copa do Mundo.
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5. Terminal Integrado - Recife
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O terminal fará parte do chamado "Ramal de Acesso à Cidade da Copa", via inescapável para quem quiser ir à Arena Pernambuco. A expectativa é que as obras ficassem prontas já para a Copa das Confederações, em 2013, mas em setembro de 2012 o Tribunal de Contas da União já alertou para atrasos. Apesar do otimismo da Secretaria das Cidades, que ainda insistia que o Terminal ficará pronto até junho de 2013, em setembro deste ano as obras, que deveriam estar 78% concluídas apresentavam um percentual de apenas 4% de conclusão.
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6. Confira como devem (ou deveriam) ficar as obras dos aeroportos no Brasil
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6/6 (Jefferson Bernardes/AFP)