Brasil

Dilma afirma que corrupção no Brasil é combatida com rigor

Dilma defendeu a "luta" contra as práticas corruptas em uma cerimônia na qual encarregou o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva


	Dilma Rousseff: "Queremos que os responsáveis por atos ilícitos respondam por seus crimes"
 (Andressa Anholete / AFP)

Dilma Rousseff: "Queremos que os responsáveis por atos ilícitos respondam por seus crimes" (Andressa Anholete / AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 13h02.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que seu governo "combate e seguirá combatendo" com rigor a corrupção pública e privada, mas com pleno respeito a princípios como a presunção de inocência e "todos" os direitos individuais.

Dilma defendeu a "luta" contra as práticas corruptas em uma cerimônia na qual encarregou o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, que substitui José Eduardo Cardozo, que renunciou na segunda-feira passada.

Em breve discurso, a governante se referiu indiretamente às investigações de corrupção na Petrobras, que envolvem dezenas de empresas públicas e privadas e políticos.

"Queremos que os responsáveis por atos ilícitos respondam por seus crimes e que sejam reparados os danos causados à sociedade e à administração pública", disse Dilma, que esclareceu que isso deve ser feito "sem penalizar as empresas", a fim de preservar o emprego e a atividade econômica.

A presidente também garantiu que seu governo, "com base na Constituição, continuará defendendo o princípio da presunção de inocência, que vale para todos e não pode ser substituído pela presunção de culpa" nem levar "penas" prematuras.

"Não se pode condenar sem o devido processo, por meio de filtragens seletivas", comentou.

O agora ex-ministro José Eduardo Cardozo, que esteve à frente da pasta de Justiça desde 2011, assumiu no mesmo ato o comando da Advocacia-Geral da União (AGU). De acordo com a governante, ele "cuidará de todos as causas jurídicas nas quais o governo participa ou participará".

Embora não tenha citado, uma dessas causas pode ser o processo que tramita no Congresso sobre a abertura de um julgamento impeachment da presidente por supostas irregularidades nas contas públicas de 2014 e 2015.

Um dos "desafios" de Cardozo, de acordo com a presidente, será "a segurança dos Jogos Olímpicos" no Rio de Janeiro, em agosto.

"Recomendo que mobilize toda sua energia no processo para a adoção de medidas preventivas" a fim de que "Rio 2016 também seja um sucesso fora dos campos esportivos", declarou Dilma Rousseff.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoDilma RousseffEscândalosFraudesOperação Lava JatoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado