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Dilma admite que dificuldades devem continuar no 1º semestre

Em jantar com a cúpula do PMDB, a presidente considerou que as dificuldades do governo na área político-econômica devem permanecer até o final do 1º semestre


	Presidente Dilma Rousseff: ela "considerou que vamos ter nestes primeiros dois trimestres momentos difíceis na economia e na política", disse ministro
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff: ela "considerou que vamos ter nestes primeiros dois trimestres momentos difíceis na economia e na política", disse ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 17h45.

Brasília - Em jantar realizado com integrantes da cúpula do PMDB na noite de segunda-feira, 2, a presidente Dilma Rousseff considerou que as dificuldades enfrentadas pelo governo na área político-econômica devem permanecer até o final deste primeiro semestre.

No encontro, no Palácio do Alvorada, residência oficial da presidente em Brasília, Dilma dividiu o discurso em alguns temas, entre eles os desafios de "resistir" e "enfrentar" a atual crise.

"Ela considerou que vamos ter nestes primeiros dois trimestres momentos difíceis na economia e na política, mas ressaltou que iremos sair disso com a participação do PMDB", afirmou ao Broadcast Político, o ministro de Portos, Edinho Araújo, que esteve presente na reunião.

"Ela disse que este primeiro semestre será difícil, mas que vamos colher frutos de crescimento com as ações que estão sendo implementadas", ressaltou o ministro da Pesca, Helder Barbalho, ao se referir às Medidas Provisórias de ajuste fiscal.

As propostas foram encaminhadas pelo Executivo no final do ano passado e devem começar a ser discutidas após a instalação das comissões mistas no Congresso. O texto original das MPs altera benefícios na área trabalhista e previdenciária e encontra resistência até do próprio PT, que apresentou dezenas de emendas.

Nos cálculos do governo, a aprovação dos ajustes pode gerar uma economia de R$ 18 bilhões aos cofres da União. Na última sexta-feira, o governo encaminhou uma outra MP que reduz o benefício fiscal da desoneração da folha de pagamento. "Ela considerou que as medidas mais importantes já foram tomadas", ressaltou Helder Barbalho.

Segundo peemedebistas ouvidos pela reportagem, no encontro também ficou o sentimento de que o governo demonstra uma disposição para inaugurar uma nova fase na relação com o partido que também passe a ser programática. Novas reuniões deverão ocorrer semanalmente entre representantes do governo e integrantes da base aliada.

"Foi uma reunião muito boa. Ficou claro que o PMDB vai participar mais e haverá uma intensificação do diálogo", avaliou o ministro Edinho Araújo.

A ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciada poucas horas antes do jantar, pegou parte da cúpula do partido de surpresa e foi considerada "fora do script", uma vez que o senador era uma das principais lideranças que reivindicava uma aproximação com o Palácio.

A alegação do senador foi a de separar a discussão partidária da agenda de presidente de um dos Poderes. "O Presidente do Congresso Nacional deve colocar a instituição acima da condição partidária", afirmou em nota o peemedebista. Apesar deste entendimento do senador, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), compareceu ao encontro.

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