Trabalhadores inspecionam arquibancada do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2013 às 14h30.
Brasília - O governo do Distrito Federal admitiu que o Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha) foi inaugurado no sábado com obras inacabadas, mas aprovou o primeiro evento-teste realizado na arena, a final do Candangão.
Para o secretário extraordinário da Copa no DF, Cláudio Monteiro, as maiores preocupações são o gramado e a fluidez do trânsito no entorno do estádio.
"O Mané Garrincha foi inaugurado com 97% das obras concluídas. Os 3% restantes são detalhes finais de acabamento. Eventuais falhas e as já detectadas serão corrigidas durante os eventos-teste", disse Monteiro, que não especificou quais serão os ajustes no estádio antes da partida entre Santos e Flamengo, domingo, na rodada de abertura do Brasileirão.
No sábado, operários tentavam conter um vazamento em uma das caixas d'água do estádio enquanto a presidente Dilma Rousseff visitava o gramado.
Eles reclamaram também de problemas na infraestrutura, parte elétrica e no acabamento do estádio. Dois funcionários do consórcio responsável pelas obras afirmaram que o estádio ainda não teria condições de sediar os jogos marcados para o sábado e para a próxima semana.
Houve ainda problemas nos sinais de telefone e internet. "É para detectarmos estas falhas que estamos realizando os eventos-teste e as correções vão acontecer", garantiu Monteiro, que também prometeu soluções para o trânsito. "Para o jogo de domingo, vamos tentar diminuir esse raio interditado para dar maior fluidez e facilitar a vida do torcedor."
Uma das maiores preocupações era o gramado, colocado há apenas 18 dias antes da inauguração. Foi sua instalação tardia que atrasou a entrega da arena em abril.
Durante a final do Estadual, as travas das chuteiras dos jogadores levantou muita terra, o que aumentou a suspeita sobre as condições do gramado, às vésperas da Copa das Confederações. O Estádio de Brasília vai sediar a abertura, entre Brasil e Japão, no dia 15 de junho.
Monteiro reconheceu o risco gerado pela grama plantada recentemente, mas disse comemorar o fato de nenhuma placa ter se soltado. "O importante é que não soltou nenhuma placa. A grande preocupação era que ele pudesse se desintegrar em algumas partes, e isso não aconteceu", comentou.