O governador do Maranhão, Flavio Dino: ele usou crise do Rio Grande do Sul para negar aumento para funcionários (Marcello Casal Jr/ABr)
Talita Abrantes
Publicado em 8 de setembro de 2015 às 16h44.
São Paulo – A crise financeira que afeta o Rio Grande do Sul – e que levou o estado a dar um calote na dívida com a União – serviu de exemplo para o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), justificar veto a reajuste de salário dos servidores estaduais.
Em post publicado no Twitter no sábado, Dino afirmou que está atento aos pedidos do funcionalismo, mas que precisa “zelar para que o Maranhão não se transforme em um Rio Grande do Sul”. Veja o post:
Sobre demandas de servidores públicos, estamos fazendo o máximo. Mas devo zelar para que o Maranhão não se transforme no Rio Grande do Sul.
— Flávio Dino (@FlavioDino) September 5, 2015
Na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão deu parecer favorável ao governo do estado em ação que determinava o reajuste de 21,7% nos salários dos servidores do judiciário.
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça, o governador maranhense afirmou que as demandas do funcionalismo acumulam 5 bilhões de reais e que o estado não teria condições para arcar com esses custos.
“Estava, na verdade, dialogando com os servidores públicos do Maranhão quanto à necessidade de haver prudência e cautela em um momento de dificuldades para todo mundo”, afirmou.
Crise gaúcha
Com um histórico de quase quatro décadas gastando mais do que arrecada, o estado do Rio Grande do Sul deve fechar 2015 com um rombo de 5,4 bilhões de reais nas contas públicas.
"Torço que tenhamos o cuidado para que isso não se reproduza. Vejo como lição", disse Dino à Radio Gaúcha.