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Desvio de dinheiro é suprapartidário, diz senador do PT

O senador Jorge Viana vai reunir Lula e a bancada petista no Senado em um jantar para organizar a reação contra os adversários no âmbito da Lava Jato


	Jorge Viana: "figurões do PSDB podem mudar de assento e sentar no tamborete dos réus. É bom que eles tenham cautela"
 (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Jorge Viana: "figurões do PSDB podem mudar de assento e sentar no tamborete dos réus. É bom que eles tenham cautela" (Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 08h48.

Brasília - As falhas de comunicação no Palácio do Planalto, já apontadas tanto pela presidente Dilma Rousseff quanto pelo antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, preocupam o senador Jorge Viana (PT-AC).

Para defender o governo e o PT dos efeitos da Operação Lava Jato, que descobriu desvios na Petrobras que beneficiaram o partido e outras legendas, Viana vai reunir Lula e a bancada petista no Senado em um jantar para organizar a reação contra os adversários, de acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo.

"Querem nos sentenciar politicamente. A oposição quer inviabilizar o governo da presidenta Dilma", afirmou Viana, que é vice-presidente do Senado.

"Esse problema que envolve desvio de dinheiro é suprapartidário. Então, figurões do PSDB podem mudar de assento e sentar no tamborete dos réus. É bom que eles tenham cautela."

Antes do carnaval, o convidado para a conversa na casa de Viana foi o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). "Chacrinha já dizia: quem não se comunica, se trumbica."

De acordo com o senador, Lula está preocupado com o PT e a estratégia da oposição de inviabilizar o governo de Dilma. "É uma ação dirigida e a origem está no PSDB, que já fala até em impeachment.

Jorge Viana afirmou não saber quem será denunciado no STF. "Esse problema todo, que envolve corrupção, desvio de dinheiro (para campanhas), é suprapartidário. Com isso, quero dizer que esse clima de confronto, de esticar a corda, poderia ser substituído por um ambiente de diálogo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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