Guadalupe: muitas famílias que ocuparam residencial são moradoras da favela ao lado (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 20h11.
Rio de Janeiro - A desocupação do Residencial Guadalupe, invadido desde o último dia 9, na zona norte do Rio, foi adiada.
A expectativa era que um oficial de Justiça fosse hoje (17) notificar as quase 200 famílias que ocupam os 240 apartamentos.
Porém, até o início da noite, o servidor do Judiciário não tinha ido ao local.
O comandante do Batalhão de Irajá, tenente-coronel Luiz Carlos Alves, que vem negociando com os invasores, disse que desconhecia os motivos do não cumprimento do mandado de reintegração de posse.
A Polícia Militar dará apoio à operação, em conjunto com o Serviço Médico de Urgência (Samu), o Corpo de Bombeiros, o Conselho Tutelar e a Secretaria de Assistência Social do Município, conforme determinação do juiz da 1ª Vara Cível da Regional Pavuna Paulo José Cabana de Queiroz Andrade.
Um carro blindado da Polícia Militar faz a segurança da entrada principal do condomínio, com a presença de cerca de dez policiais armados, com objetivo de evitar a entrada de mais invasores.
O oficial de Justiça dará ciência da determinação e depois será montado um esquema para desocupação do condomínio.
Muitas famílias que ocuparam o residencial são moradoras da favela ao lado, chamada Terra Prometida.
Elas vivem em barracos de madeira, em meio a valões de esgoto, em condições de completa miséria.
Os moradores alegam que já se inscreveram no cadastro do Programa Minha Casa, Minha Vida e nunca foram sorteados.