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Desemprego no Brasil tem recorde de baixa em outubro

O desemprego brasileiro caiu para 6,1 por cento em outubro, ante 6,2 por cento em setembro

Desemprego brasileiro chegou ao seu menor nível em outubro (Germano Luders/EXAME)

Desemprego brasileiro chegou ao seu menor nível em outubro (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 12h09.

Rio - O desemprego brasileiro caiu para 6,1 por cento em outubro, ante 6,2 por cento em setembro, a menor taxa da série histórica iniciada em 2002, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo, os dados de outubro indicam que o desemprego em 2010 ficará abaixo do ano passado, devido aos empregos temporários em novembro e dezembro.

"Nós atingimos agora a menor taxa da série e todos os anos nos meses de novembro e dezembro a taxa de desocupação é menor do que outubro. Se nós já estamos agora com uma taxa de 7 por cento (no ano) a expectativa é de que feche o ano com taxa mais baixa do que em 2009 (8,1 por cento)", disse a jornalistas o gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo.

"Estamos voltando em termos de avanço ao que estávamos antes da crise", complementou.

Economistas consultados pela Reuters projetavam uma taxa de 6,1 por cento, segundo a mediana de previsões que oscilaram de 5,9 a 6,4 por cento. O dado de outubro é o terceiro recorde consecutivo na taxa de desocupação, informou Azeredo.

O número de pessoas ocupadas totalizou 22,3 milhões em outubro, taxa estável ante setembro e que representa alta de 3,9 por cento contra igual mês de 2009.

A população desocupada também ficou estável na comparação mês a mês, somando 1,4 milhão, uma queda de 17,6 por cento ano a ano.

Azeredo ressaltou o crescimento do emprego na região metropolitana de São Paulo, prestes a alcançar 10 milhões de pessoas ocupadas e reduzir para abaixo de 500 mil o número de desempregados. A mola dessa expansão continua sendo a indústria, com crescimento acima da média nacional.

"É a região que está mais puxando o país", disse o economista, lembrando que São Paulo foi o Estado que mais sofreu com a recente crise econômica por ter um peso maior do segmento. Enquanto no Rio de Janeiro o peso da indústria é de 12,1 por cento, em São Paulo o impacto sobe para 20,3 por cento.

Outro destaque, segundo Azeredo, é a baixa taxa de desocupação em Porto Alegre (RS), a menor entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas. Em outubro, a taxa na principal capital do Sul do país foi de 3,7 por cento.

"A menor desocupação em Porto Alegre reflete o cenário econômico da região", explicou.

Rendimento

O rendimento médio do trabalhador brasileiro alcançou 1.515,40 reais em outubro, valor estatisticamente estável em relação a setembro, mas equivalente a uma elevação anual de 6,5 por cento.

"Foi a maior alta do ano, maior desde junho de 2006", disse Azeredo, destacando o aumento do salário mínimo como principal motivo da melhora.

O economista destacou ainda a melhora da qualidade do emprego com o aumento de trabalhadores com carteira assinada em outubro, uma alta de 8,4 por cento contra igual período do ano passado. Além disso, Azeredo observou um maior rendimento nas faixas salarias menores.

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