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Deputados fazem ato contra uso de animais em testes

Eles pedem que o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, ligado ao MCTI, proíba testes em animais para cosméticos


	Beaglle: deputados vão pedir que o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, ligado ao MCTI, proíba testes em animais para cosméticos
 (Reprodução)

Beaglle: deputados vão pedir que o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, ligado ao MCTI, proíba testes em animais para cosméticos (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 11h53.

Brasília – Deputados da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais e da Frente Parlamentar Ambientalista e ativistas pelos direitos dos animais fizeram hoje (23) ato simbólico na Câmara dos Deputados em apoio à campanha Liberte-se da Crueldade, da Humane Society Internacional (HSI), contra o uso de animais em testes de laboratório para a produção de cosméticos.

Durante o ato, o deputado Ricardo Izar (PSD-SP), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais, disse que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, vai receber hoje, às 15h, em audiência representantes das duas frentes parlamentares e ativistas.

Eles vão pedir que o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, ligado ao MCTI, proíba testes em animais para cosméticos.

A reunião foi confirmada pela assessoria do ministério.

Segundo o deputado, o episódio ocorrido em São Roque (SP), em que ativistas levaram 178 cachorros da raça beagle do Instituto Royal, laboratório que usa animais para pesquisas, serviu como um marco para estimular mudanças no direito dos animais. “Apesar do lado ruim do fato, ele serviu para movimentar a Casa. Hoje, o assunto está na pauta.

A legislação brasileira é muito atrasada em tudo o que diz respeito aos animais”, disse o deputado.

Para ele, o Brasil não precisa fazer testes em animais para a produção de cosméticos. “É uma prática antiga. Vários países já não usam mais animais. Até mercadologicamente, é melhor para o Brasil. Hoje, o cosmético brasileiro não é vendido na Comunidade Europeia por usar animais em teste”, acrescentou.


Segundo a diretora-geral da ProAnima, associação protetora dos animais do Distrito Federal, Simone de Lima, a campanha está focando nos cosméticos neste primeiro momento.

“Não se trata de achar que os testes em animais para medicamentos ou produtos químicos sejam justificáveis, mas por ter uma viabilidade imediata. Já existem métodos alternativos para a eliminação imediata dos testes. O Brasil é o terceiro maior mercado mundial de cosméticos. Uma proibição no país terá repercussão internacional”, explicou.

O gerente da campanha Liberte-se da Crueldade, da HSI, Helder Constantino, informou que os métodos alternativos para não usar animais em testes são a pele artificial, as células humanas cultivadas em laboratório e os métodos computacionais.

“São métodos seguros e eficientes”, destacou.

Uma comissão de deputados federais será criada para investigar maus-tratos a animais, anunciou ontem o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A comissão será coordenada pelo deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) e o relator será Ricardo Tripoli (PSD-SP).

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