Câmara: no caso de o impeachment ser aprovado pela Câmara, 52% dos entrevistados do PMDB acreditam que o impedimento de Dilma será aceito pelo Senado (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2016 às 17h37.
Brasília - Os deputados do PMDB, maior partido na Câmara dos Deputados, estão divididos sobre o resultado da votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa, mostra pesquisa da consultoria política Arko Advice, cujo resultado foi antecipado à Reuters nesta sexta-feira.
Dos 67 deputados do PMDB, 44 foram consultados pela Arko, sendo que 52 por cento acreditam que o impeachment de Dilma terá os 342 votos necessários na Câmara para seguir adiante, enquanto 39 por cento avaliam que isso não acontecerá.
Outros 9 por cento não souberam ou não opinaram.
Já em relação ao posicionamento da bancada do PMDB na votação do pedido de impeachment de Dilma, que deve ocorrer até o próximo dia 17, 66 por cento dos deputados ouvidos pela Arko consideram que a maioria dos parlamentares da legenda na Câmara votará a favor do impeachment.
Apenas 9 por cento disseram que a bancada será contrária, outros 9 por cento afirmaram que a legenda será neutra e 16 por cento não souberam ou não opinaram.
Em entrevista à Reuters na quinta-feira, o ex-ministro e segundo vice-presidente do PMDB, Eliseu Padilha, afirmou que o partido considera a possibilidade de fechar questão no voto da legenda pelo impeachment de Dilma e, se isso ocorrer, deputados que descumprirem a orientação serão punidos.
Em 29 de março, o PMDB, partido do vice-presidente da República Michel Temer, decidiu desembarcar do governo Dilma, com a saída imediata de todos aqueles que tivessem cargos no Executivo, o que acabou não acontecendo com a permanência de seis ministros do partido na Esplanada.
Ainda conforme a pesquisa da Arko Advice, no caso de o impeachment ser aprovado pela Câmara, 52 por cento dos entrevistados do PMDB acreditam que o impedimento de Dilma será aceito pelo Senado. Divergem desse entendimento 34 por cento e os 14 por cento restantes não souberam ou não opinaram.
A pesquisa da Arko Advice foi realizada entre 5 e 7 de abril.