PMDB rompe com governo: partido pede "a imediata saída do PMDB da base de sustentação do governo federal com a entrega de todos os cargos" (Igo Estrela/ PMDB Nacional/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2016 às 19h41.
Brasília - Membro da ala pró-impeachment do PMDB, o deputado federal Carlos Marun (MS) prometeu nesta terça-feira, 29, que, em 13 de abril, ingressará com representações na Comissão de Ética do partido pedindo a expulsão dos peemedebistas que ainda não tiverem deixado os cargos no governo Dilma.
Na moção de desembarque aprovada por aclamação nesta terça-feira, o PMDB pede "a imediata saída do PMDB da base de sustentação do governo federal com a entrega de todos os cargos em todas as esferas da administração pública federal", mas não estabelece data exata para que deixem o cargo.
Nessa segunda, 28, aliados do vice-presidente Michel Temer chegaram a divulgar que a moção pelo desembarque estabeleceria 12 de abril como prazo para que peemedebistas entregassem seus cargos.
Para evitar divergências, contudo, a cúpula do partido decidiu não incluir o prazo no texto.
Embora a moção aprovada nesta terça-feira não tenha determinado uma data para os peemedebistas saírem do governo, Marun avaliou que a decisão não pode ser entendida como "brincadeira e jogo de cena".
"A decisão de hoje não foi brincadeira", afirmou Marun, que é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Mais cedo, o ex-ministro Moreira Franco, um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, foi nessa linha. Ele afirmou que a direção do PMDB deverá esperar cerca de 12 dias para o desembarque e, após esse prazo, tomará medidas contra os peemedebistas que permanecerem no governo.