Cauê Macris: o presidente da Alesp afirmou que que o partido não pode ficar "em cima do muro" (Facebook/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de junho de 2017 às 16h11.
São Paulo - O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris (PSDB), afirmou à reportagem que o PSDB precisa apoiar a autorização da abertura de uma ação penal contra o presidente Michel Temer (PMDB).
Aliado ao governador Geraldo Alckmin, que defendeu nesta terça-feira, 27, o fechamento de questão na bancada do PSDB na Câmara sobre a denúncia, Macris afirmou que o partido não pode ficar "em cima do muro".
"O partido tem que tomar uma posição, não pode ficar em cima do muro", declarou.
"Eu particularmente acho que nenhuma investigação pode ser suspensa. Afinal a Câmara não está condenando o presidente, mas vai autorizar a abertura da investigação."
Um dos integrantes da ala tucana chamada de "cabeças pretas", que defende o desembarque do PSDB do governo Temer, o deputado estadual disse que a Câmara dos Deputados não pode impedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a denúncia contra Temer.
Para que a Corte aceite ou não a abertura do processo, pelo menos 342 deputados devem votar pela autorização.
"Como o PSDB vai se posicionar proibindo uma investigação de ser feita? Essa decisão é jurídica, não é da Câmara", afirmou Macris.
O deputado criticou as lideranças do partido que defendem o apoio ao governo em nome da estabilidade. Alckmin e o prefeito João Doria fazem essa defesa.
"Os fins não podem justificar os meios. Você não pode passar a mão na cabeça, alisar alguém que possa ter cometido um suposto crime só por conta da estabilidade do País", avaliou.