Brasil

Depoimentos à CPI da Covid ficam suspensos até 3 de agosto

Na última quarta, 14, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu o requerimento de prorrogação da CPI da Covid. O rito aumentou em 90 dias os trabalhos da comissão

CPI da Covid realiza reunião deliberativa para votar requerimentos de convocação (Marcos Oliveira/Agência Senado)

CPI da Covid realiza reunião deliberativa para votar requerimentos de convocação (Marcos Oliveira/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de julho de 2021 às 12h42.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid continuará trabalhando durante o recesso parlamentar, no entanto, no período, não haverá depoimentos nem deliberações. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou na quinta-feira, 15, que as sessões serão retomadas em 3 de agosto.

A informação foi anunciada ao final da sessão de ontem, que ouviu o depoimento de Cristiano Carvalho, representante no Brasil da Davati Medical Supply. De acordo com o parlamentar, a equipe técnica da CPI prosseguirá analisando os documentos recebidos nesse período, e não está descartada a possibilidade de realização de diligências.

Em sessão no último dia 6, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse que os trabalhos da comissão seguiriam mesmo durante o recesso parlamentar. "Não dá para tirar férias com pessoas sendo vítimas da covid", justificou.

Em entrevista coletiva após a sessão, Randolfe citou dois depoimentos como prioritários para o retorno dos trabalhos: o do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR). O depoimento do empresário estava previsto para quarta, 14, mas foi adiado por falta de tempo hábil para ser realizado.

Na avaliação da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o período de recesso será útil para análise de documentos. "Durante esses 15 dias nós vamos nos debruçar sobre os vários documentos que nós já temos e outros que serão solicitados, dentre eles alguns contratos que possivelmente também foram fechados, de intermediários da Davati", informou.

Randolfe disse ainda ser "razoável" a apresentação de um relatório final dos trabalhos da comissão em setembro.

"Acreditamos que (a apresentação será em) setembro porque a CPI, segundo manda o regimento, pode ser prorrogada por igual prazo, até o final da legislatura ou até a apresentação do relatório. Protocolamos o requerimento, que foi lido ontem de prorrogação por igual prazo, mas podemos antecipar o fim com a leitura do relatório. Acredito que setembro é razoável, mas ainda avaliaremos", disse.

CPI prorrogada

Na última quarta, 14, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu o requerimento de prorrogação da CPI da Covid. O rito aumentou em 90 dias os trabalhos da comissão.

A CPI da Covid foi instalada em 27 de abril com prazo de três meses de funcionamento - o encerramento estava previsto para 7 de agosto. Com a prorrogação, a comissão poderá trabalhar até o começo de novembro.

  • Entenda como as decisões da Câmara e do Senado afetam seus investimentos. Assine a EXAME.
Acompanhe tudo sobre:CPI da CovidPandemiaPolíticaSenado

Mais de Brasil

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?