Brasil

Denúncias de assédio eleitoral explodem e chegam a 419 casos, o dobro de 2018

A região com o maior número de registros de denúncias de assédio eleitoral é a Sul, com 154 relatos

Justiça eleitoral: número de denúncias de assédio eleitoral vem crescendo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Justiça eleitoral: número de denúncias de assédio eleitoral vem crescendo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 17h17.

Última atualização em 18 de outubro de 2022 às 17h22.

O Ministério Público do Trabalho divulgou nesta terça-feira, 18, o mais recente balanço sobre as denúncias de assédio eleitoral recebidas pelo órgão referentes às eleições deste ano, indicando que houve 419 relatos de casos em que o empregador pressiona o trabalhador a votar em determinado candidato. O número representa quase o dobro das denúncias que chegaram ao MPT ao longo de todo o período eleitoral de 2018, quando foram registrados 212 relatos referentes a 98 empresas.

A região com o maior número de registros de denúncias de assédio eleitoral é a Sul, com 154 relatos. Já o estado que ocupa o primeiro lugar no ranking de casos de assédio eleitoral, ainda de acordo com o levantamento, é Minas Gerais. Foram reportados 'condutas abusivas' em 24 dos 26 estados.

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

Em entrevista ao Estadão, o procurador-geral do Trabalho José de Lima Ramos Pereira disse ver uma 'banalização' do assédio eleitoral no pleito deste ano, indicando que o número de denúncias vai crescer ainda mais. “Percebendo que ainda falta bastante tempo para a prática de mais casos de assédio, com certeza a gente vai superar e muito esse número’, afirmou.

A Procuradoria já fechou uma série de termos de ajustamento de conduta e entrou com ações por assédio eleitoral neste pleito. No início do mês, o braço do MPT no Pará fechou o cerco a um empresário apoiador do presidente Jair Bolsonaro que tentou comprar, por R$ 200, os votos de trabalhadores de sua cerâmica. No Paraná, o órgão entrou com ação contra empresa que anunciou corte de 30% no quadro de funcionários caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja eleito.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2022

Mais de Brasil

Entenda 'fatiamento' de denúncia contra Bolsonaro e veja quem está em cada grupo

Rio cria canal para denúncias de trabalhadores em calor extremo

Senado aprova projeto que libera emendas bloqueadas em primeira sessão presidida por Alcolumbre

Entenda os argumentos da PGR para denunciar Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe