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Dengue faz Campo Grande entrar em estado de emergência

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, janeiro pode fechar com quase 16 mil casos confirmados, mesma marca de janeiro de 2007, um recorde


	Projeto da Funcação Oswaldo Cruz que testa método de controle da dengue
 (Tânia Rêgo/ABr)

Projeto da Funcação Oswaldo Cruz que testa método de controle da dengue (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 08h30.

Campo Grande - A segunda morte em decorrência da epidemia de dengue que começou no início do ano em Campo Grande (MS) foi confirmada na segunda-feira (21).

Ana Leite Ovelar, de 61 anos, morreu após três dias de internação no Hospital Regional local, por causa do tipo hemorrágico da doença. A vítima anterior foi Vanderleia de Souza Oliveira, de 45 anos, na primeira semana do ano.

Devido à tendência de piora da epidemia, a capital de Mato Grosso do Sul entrou na segunda-feira (21) em estado de emergência. Ao anunciar a medida, o prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou que “a situação é muito preocupante, com o registro de quase 500 casos por dia”.

No total são 9.320 casos confirmados neste mês. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, janeiro pode fechar com quase 16 mil casos confirmados, mesma marca de janeiro de 2007, um recorde.

Bernal também citou falta de remédios para o tratamento de doentes, além de unidades de saúde lotadas e a circulação do tipo 4 da enfermidade, o que é considerado um agravante. Constatou-se que o maior risco de contaminação está em bairros próximos ao centro da cidade.


A partir desta terça-feira começa a valer liminar que autoriza agentes de saúde a entrar em propriedades desabitadas, sem autorização dos donos. 

O maior problema são os terrenos baldios, que somam 140 mil lotes no perímetro urbano, seguindo informações do secretário municipal de Saúde, Ivandro Corrêa Fonseca. Ele explicou que a maioria deles não é cuidada pelos donos e sempre têm recipientes com água para a reprodução do mosquito.

Fonseca disse também que, como medida emergencial, o Ministério da Saúde enviou à prefeitura R$ 1 milhão para a aquisição de dez veículos de fumacê, entre outros equipamentos.

Em Corumbá, no Pantanal, o prefeito Paulo Duarte (PT) informou que a cidade está em “pré-epidemia”, porque o número de focos ultrapassou a marca de segurança.

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