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Demóstenes diz no Twitter que vai ao STF por mandato

"Vou recuperar no STF o mandato que o povo de Goiás me concedeu", escreveu o senador

Demóstenes Torres: ex-senador foi cassado por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções por quebra de decoro parlamentar (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Demóstenes Torres: ex-senador foi cassado por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções por quebra de decoro parlamentar (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 21h18.

São Paulo - O ex-senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que teve o mandato cassado nesta quarta-feira, disse em sua página no serviço de microblog Twitter que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para recuperar o cargo.

"Vou recuperar no STF o mandato que o povo de Goiás me concedeu", disse o senador. "Os motivos são suficientes: fui cassado sem provas, sem direito a ampla defesa e sem ter quebrado o decoro", acrescentou.

Demóstenes foi cassado por 56 votos a favor, 19 contra e cinco abstenções por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de ter usado seu mandato para beneficiar o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde o início do ano sob acusação de comandar uma rede de jogos ilegais.

Demóstenes também aproveitou o serviço de microblog para enviar uma mensagem ao senador Humberto Costa (PT-PE), que relatou o processo de cassação contra ele no Conselho de Ética do Senado.

Costa também usou sua página no Twitter para afirmar que o ex-senador mantinha "relações promíscuas" e que foi "impossível inocentá-lo politicamente". Em resposta, o ex-parlamentar goiano lembrou acusações de irregularidades de que Costa foi alvo quando era ministro da Saúde.

"Onde estão as provas dessas relações promíscuas? São as mesmas que o senhor sofreu no escândalo dos sanguessugas?", escreveu.

Demóstenes, que com a cassação ficará inelegível até 2027, disse ainda ter sido vítima de um "massacre" e deu nome a quem considera que foi responsável por sua cassação.

"A esquerda me tirou o mandato, mas não a coragem." (Reportagem de Eduardo Simões)

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