Renan Calheiros: ele não vai cumprir liminar que o afasta da presidência da Casa (Jane de Araújo/Agência Senado)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 15h23.
Última atualização em 6 de dezembro de 2016 às 17h40.
Brasília - Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (6), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), atacou o ministro Marco Aurélio Mello (STF), que na noite de ontem decidiu afastá-lo da presidência da Casa.
"Ao tomar uma decisão para afastar o chefe de um poder, a nove dias do término do mandato do Senado Federal, por decisão monocrática, a democracia, mesmo no Brasil, não merece esse fim", afirmou Renan após a Mesa Diretora do Senado divulgar documento em que afirma que não irá cumprir a determinação até que o plenário do Supremo Tribunal Federal avalie o caso.
Renan não respondeu aos questionamentos sobre desobediência à Justiça, mas afirmou que decisão de Mesa Diretora leva em conta a separação e independência dos poderes.
O peemedebista citou que foi obrigado a cumprir uma liminar do ministro que impedia o fim dos supersalários no Judiciário caso o Senado não listasse 1.100 servidores que ganham acima do teto. "Toda vez que ele ouve falar em acabar com supersalário, ele parece tremer na alma", disse Renan na rápida conversa com jornalistas.
A mesa diretora do Senado decidiu que irá esperar análise do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para cumprir a liminar que determina o afastamento de Renan da presidência da Casa. Isso significa que o peemedebista segue na chefia do Senado pelo menos até o início da tarde de amanhã, quando o plenário do Supremo deve analisar o caso.
Veja o momento em que Renan chegou ao Senado hoje:
https://twitter.com/exame_noticias/status/806140854582841345