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DEM usa convenção em São Paulo para exaltar Doria presidente

Durante a convenção, o debate sobre a fusão da sigla com o PSDB foi tratado abertamente por lideranças partidárias

João Doria: governador de São Paulo recebe apoio do partido que comanda a Câmara dos Deputados e o Senado (Adriano Machado/Reuters)

João Doria: governador de São Paulo recebe apoio do partido que comanda a Câmara dos Deputados e o Senado (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de abril de 2019 às 06h07.

O DEM transformou sua convenção estadual realizada nesse domingo 28, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em palanque para anunciar o apoio da sigla à reeleição do prefeito Bruno Covas nas eleições do ano que vem e exaltar o governador João Doria como pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022.

Ao chegar ao auditório Franco Montoro, Doria foi saudado pelo locutor Jorge Tadeu Mudalen, ex-deputado e ex-presidente do DEM, como "futuro presidente do Brasil" e o vice-governador Rodrigo Garcia, que foi eleito presidente do DEM-SP, como futuro governador.

"João, você vai chegar lá porque é uma pessoa determinada. Rodrigo você tem uma responsabilidade enorme de suceder o João Doria", disse Mudalen. "Se o bom Deus quiser vamos ter Doria presidente. Estamos firmes como uma rocha com você, Bruno", disse em seu discurso o vereador Milton Leite, presidente do DEM paulistano, diante de uma plateia de cabos eleitorais que lotou o auditório.

Leite também foi eleito secretário geral do DEM paulista. "Vamos apoiar o Bruno Covas. Aqui na capital está definido o jogo", disse Leite antes do evento. Quando questionado sobre sua candidatura à reeleição, o prefeito desconversou e disse que ainda é cedo para tratar do assunto.

O ex-ministro Gilberto Kassab, secretário licenciado da Casa Civil paulista, participou do evento, mas foi embora cinco minutos antes da chegada de Doria e Covas. O senador José Serra, e o presidente da Assembleia, Caue Macris (PSDB) também estiveram na convenção.

"Vamos tentar caminhar juntos para mostrar uma força partidária sob a liderança do João Doria para o futuro", disse Rodrigo Garcia em seu discurso. Reservadamente, tucanos já trabalham com o cenário de Garcia no comando do Palácio dos Bandeirantes e defendem que o PSDB apoie sua reeleição em 2022 quando Doria se licenciar para disputar o Palácio do Planalto.

Fusão

Durante a convenção do DEM o debate sobre a fusão da sigla com o PSDB foi tratado abertamente. "Essa discussão (fusão PSDB/DEM) está na mesa. Vamos avaliar com outros partidos também. A discussão ainda embrionária" , disse Milton Leite ao jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Bruno Covas, por sua vez, afirmou que o assunto será tratado após a convenção nacional do PSDB, em maio.

"Passada a convenção nacional do PSDB e a provável eleição do Bruno Araújo como presidente do partido, vamos começar a discutir o futuro do partido. Não há nenhum preconceito em relação à fusão. Vamos avaliar qual será o programa do PSDB ou que resultar a fusão com outro partido. Essa discussão vai ser colocada na mesa após a convenção nacional", disse Covas.

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