Senadores José Agripino Maia e Aécio Neves conversam durante convenção nacional do DEM (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2014 às 18h22.
Brasília - Em convenção realizada em Brasília neste segunda-feira, 30, o DEM oficializou apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB).
A decisão foi feita por aclamação e na presença do tucano e do senador Aloysio Nunes (PSDB) que horas antes foi confirmado como vice na chapa presidencial do PSDB.
Na ocasião, o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia, também foi anunciado como coordenador de campanha de Aécio.
A convenção do DEM contou com uma presença reduzida da militância. Menos de 100 militantes ocuparam o auditório em que foi oficializado o apoio.
Ao agradecer a adesão da legenda, Aécio Neves criticou o atual governo e ressaltou que a aliança se baseada no "desprendimento" .
"Não queremos ganhar as eleições, queremos construir um país diferente. Não queremos um país dividido entre nós e eles. Queremos um Brasil onde todos possam ter mais saúde, mais educação, infraestrutura adequada", afirmou o tucano para em seguida tocar em temas do setor econômico.
"Queremos uma aliança para retomar o crescimento sustentável. O Brasil não pode se contentar em ser o lanterna de crescimento na nossa região. Queremos a política fiscal que resgate a confiança do investimento para que o País, crescendo, possa debelar o fantasma da inflação".
Aécio também criticou o que chamou de "cooptação" de aliados por parte do atual governo.
"O Brasil vai mudar a partir dessa nossa aliança de homens e mulheres de bem que não se submeteram durante 12 anos a esse governismo de cooptação que ultrapassa todos os limites que poderiam ser aceitáveis", ressaltou.
Presente na convenção, o prefeito de Salvador, ACM Neto, também tocou na questão da composição das alianças em torno do atual governo.
"Peço ao povo brasileiro que examine porque vamos ter uma disputa que começa agora, com diversos candidatos se colocando, alguns certamente com um conjunto de apoio partidário bem amplo. Tenham receio e desconfiem do que pode estar por trás dos acordos que são construídos, sobretudo entendimentos que não podem ser revelados à luz do dia para o julgamento de cada cidadão" afirmou Neto.
No trecho final do discurso, Aécio Neves condenou ainda o que classificou como campanha do medo feita pelo atual governo ao comparar a atual gestão com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Se os nossos adversários escolheram o discurso do medo, do ódio, da divisão perversa desse país, nós vamos falar de futuro, de esperança".
Além do DEM, o PSDB contará com uma aliança presidencial com a participação do Solidariedade, PTB, PCT, PTN, PMN e PT do B. Dessa forma, Aécio Neves deve somar cerca de 4 minutos para a campanha de rádio e televisão, menos da metade do que o previsto para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.