Delúbio Soares: ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão (CRISTIANO MARIZ/VEJA)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 19h26.
Brasília - O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares prestou depoimento hoje (18), na Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, em sindicância que apura denúncias de regalias que ele recebeu na prisão.
O conteúdo do depoimento não foi divulgado, mas, em declarações recentes, a defesa de Delúbio negou que ele tenha recebido qualquer benefício no presídio.
O processo disciplinar contra Delúbio foi aberto pelo juiz Bruno André Silva Ribeiro, após o Ministério Público (MP) afirmar que condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que estão presos em Brasília, recebem regalias na prisão. O ex-tesoureiro foi condenado a seis anos e oito meses de prisão.
Após receber a denúncia do MP, o juiz suspendeu o benefício de trabalho externo de Delúbio na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Brasília, até o fim da investigação.
Com a decisão, Delúbio voltou a cumprir pena no Centro de Internamento de Reeducação (CIR), localizado no Complexo Penitenciário da Papuda e destinado a presos do regime semiaberto que ainda não tem direito ao trabalho externo.
Em documento entregue à Vara de Execuções Penais no dia 25 de fevereiro, os promotores dizem que condenados no processo do mensalão recebem regalias, como visitas fora dos dias permitidos e alimentação diferenciada.
Segundo o Ministério Público, recentemente uma feijoada exclusiva para os internos de uma ala do Centro de Progressão Provisória (CPP), onde Delúbio estava preso, foi feita com ingredientes que teriam sido comprados na cantina do presídio. A situação, segundo os promotores, gera instabilidade no sistema prisional.