Marielle Franco: vereadora foi assassinada em 14 de março (Jose Cabezas/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 30 de maio de 2018 às 20h27.
A prisão de um homem apontado pela morte do assessor do vereador Marcello Siciliano (PHS), parlamentar ouvido como testemunha sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), não tem a ver com o assassinato dela, ocorrido em 14 de março.
A informação foi passada à imprensa nesta quarta-feira (30) pelo delegado Luis Otávio Franco, da Delegacia de Homicídios (DH) da capital.
Embora o assessor Carlos Alexandre Pereira Maria, o Cabeça, tenha sido assassinado no dia 8 de abril, dois dias depois que Siciliano prestou esclarecimentos à DH, o delegado não vinculou sua morte ao depoimento do vereador, que chegou a ser apontado como envolvido no assassinato de Marielle por um delator do caso, mantido em sigilo pela polícia.
A prisão de Thiago Bruno Mendonça, o Thiago Macaco, ocorreu ontem (29), em um shopping da zona norte do Rio. Antes dele, Rondinele de Jesus da Silva, o Roni, também foi preso por envolvimento na morte de Carlos Alexandre Pereira Maria. Outro envolvido está preso no Complexo de Bangu e um quarto está foragido, segundo o delegado.
Nesta quarta-feira, o delegado Franco esteve no presídio e recolheu quatro aparelhos celulares em uma cela onde está preso o quarto suspeito.
Os aparelhos estavam sem chip e bloqueados e serão periciados. Segundo o delegado, a ordem para matar Cabeça partiu de dentro do presídio.
Questionado sobre qual teria sido a motivação para a morte do assessor de Siciliano, planejada por quatro pessoas, o delegado não soube responder.
Alegou que os presos não disseram o motivo e que Thiago Bruno Mendonça só falaria em juízo. Os suspeitos são do bairro da Taquara, área dominada por milícias.