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Delegacias da mulher passam a atender transexuais em SP

Agora, são atendidas as vítimas de violência doméstica, familiar ou crimes contra a dignidade sexual levando em conta a identidade de gênero

Trans: Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher passaram a atender transexuais no estado de São Paulo (Pedro Prado/Getty Images)

Trans: Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher passaram a atender transexuais no estado de São Paulo (Pedro Prado/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2020 às 18h09.

Última atualização em 14 de agosto de 2020 às 18h49.

Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher (DDMs) passaram a atender transexuais no estado de São Paulo. Agora, são atendidas as vítimas de violência doméstica, familiar ou crimes contra a dignidade sexual levando em conta a identidade de gênero e não apenas o sexo biológico.

Segundo a coordenadora das DDMs em São Paulo, delegada Jamila Ferrari, a reformulação do decreto traz mais segurança e garantias a este público no momento de registrar o boletim de ocorrência.

O anúncio foi realizado por meio do Diário Oficial na manhã de quinta-feira, 13. A alteração estabelece que as delegacias investiguem crimes praticados "contra pessoas com identidade de gênero feminino e contra crianças e adolescentes."

"A intenção foi deixar claro que nós, como instituição, não atendemos essas vítimas conforme o sexo biológico, mas sim pela maneira como elas se enxergam. É desta forma que trabalham as DDMs", explicou Jamila.

No decreto também há outra mudança em relação à competência das DDMs. As unidades passam a atender e investigar apenas "infrações penais relativas à violência doméstica ou familiar e infrações contra a dignidade sexual." Antes, casos como briga entre vizinhas eram levadas à delegacia por ter mulheres envolvidas, agora essas ocorrências passam a ser tratadas como desentendimento comum em qualquer delegacia.

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