São Paulo – No último fim de semana, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) passou mal na sede da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde está preso desde a última quarta-feira.
Segundo relato da coluna da Mônica Bergamo do jornal Folha de S. Paulo, o senador teve claustrofobia após passar 24 horas em uma sala sem janelas.
De acordo com o jornal, durante a semana, Delcídio fica em um local considerado favorável até mesmo por familiares: a cela não tem grade e ele tem acesso a uma copa e banheiro por onde os policiais também circulam.
Com menos funcionários no final de semana, os presos, às vezes, precisam ficar trancados. Foi o que aconteceu com o senador no último sábado.
Ele passou 24 horas detido em uma sala sem janelas e sem autorização para receber visitas - combinação que rendeu a ele a sensação de claustrofobia.
Ainda segundo a publicação, ele prevê que perderá seu mandato de senador e que todo o prestígio que tinha antes de ser preso não lhe vale mais nada. “Sou só eu agora”, teria dito Delcídio.
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1. Espelho da sociedade? Nem tanto
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1/13 (Marcello Casal/Agência Brasil)
São Paulo – Nem sempre a opinião dos parlamentares coincide com a das pessoas que os elegeram. Uma pesquisa do
Datafolha feita com
deputados e
senadores mostra que, se tratando da economia do país, os congressistas são mais à direita que a população em geral – pregando, por exemplo, uma menor intervenção do Estado e a redução de leis trabalhistas. Por outro lado, em questões comportamentais como religião, violência e homossexualidade, os congressistas assumem uma posição mais liberal do que a do eleitorado. Um exemplo é a forma como cada um enxerga a figura de Deus. Quase 90% da população diz que “acreditar em Deus torna as pessoas melhores”. No caso dos congressistas, apenas 67% disseram concordar com a opinião – mesmo com o elevado percentual de parlamentares ligados às igrejas tradicionais.
E quando o assunto é criminalidade? São os deputados e senadores os que mais defendem que adolescentes que cometem crimes devem ser reeducados. Para o eleitorado, em geral, é maior o percentual de quem acha que "jovens devem ser punidos como adultos". Sobre pena de morte, quase 90% dos parlamentares disseram que “não cabe à Justiça matar uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um erro grave”. Apenas 52% do eleitorado concorda com a frase. O levantamento foi feito com 289 deputados federais e 51 senadores. O questionário foi aplicado por telefone ou pela internet e os resultados ponderados de acordo com a proporção de bancadas no Congresso. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. Para efeitos de comparação, o jornal Folha de S.Paulo
usou dados de outro levantamento do mesmo instituto, realizado entre os dias 1 e 3 se setembro de 2014 com 10.054 eleitores.
O que tem de mais diferente? Navegue pelas imagens e veja dez temas que separam parlamentares do eleitorado, ou seja, em que há mais constrastes entre a opinião dos eleitos e de quem os elegeu. Para cada um dos temas, o instituto apresentou aos entrevistados duas afirmações – uma com tendência à esquerda e outra com tendência à direita. Veja o que os entrevistados pensam sobre cada uma delas.
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2. Crescimento econômico
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2/13 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)
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3. Intervencionismo
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3/13 (Divulgação Hyundai)
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4. Leis trabalhistas
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4/13 (Agência Brasil)
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5. Impostos
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5/13 (thinkstock)
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6. Programas sociais
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6/13 (Jefferson Rudy/Agência Senado/Fotos Públicas)
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7. Pobreza
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7/13 (Marcello Casal Jr/ABr)
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8. Religião
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8/13 (Thinkstock)
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9. Homossexualidade
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9/13 (Joao Castellano/Reuters)
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10. Causa da criminalidade
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10/13 (Andy Clark/Reuters)
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11. Pena de morte
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11/13 (Erik S. Lesser/AFP)
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12. Adolescentes que cometem crimes
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12/13 (Marcello Casal Jr/ABr)
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13. Veja agora a opinião dos brasileiros sobre temas que dividem a sociedade
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13/13 (ThinkStock/BrianAJackson)