O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ): Cunha acusou Dilma de mentir em seu pronunciamento ontem à noite (Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas)
João Pedro Caleiro
Publicado em 31 de janeiro de 2016 às 09h05.
São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB - RJ), é acusado por dois empresários de ter recebido propina em cinco contas no exterior, de acordo com o jornal Folha de São Paulo.
O jornal teve acesso às tabelas de transferência fornecidas pelos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, em acordo com a Procuradoria Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.
A propina teria como objetivo liberar verbas do fundo de investimentos do FGTS para o Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, obtido em concessão pela Carioca em consórcio com a Odebrecht e a OAS.
O dinheiro seria liberado por Fábio Cleto, aliado de Cunha que passou por uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal e pelo conselho do fundo de investimento do FGTS.
US$ 3,9 milhões teriam sido transferidos entre 2011 e 2014, segundo a documentação revelada e ainda em sigilo. Cunha diz que não recebeu os valores e não tem relação com o esquema apontado.
As novas contas se somam às 4 contas secretas na Suíça já reveladas anteriormente e que aumentaram a pressão para saída de Cunha do cargo.