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Delator investigado na Lava Jato pede perdão judicial

Advogados do executivo Júlio Gerin de Almeida Camargo, ligado à empresa Toyo Setal, pediram à Justiça Federal perdão judicial


	Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo
 (Nacho Doce/Reuters)

Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 14h26.

Brasília - A defesa de um dos delatores do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato pediu à Justiça Federal perdão judicial.

Os advogados do executivo Júlio Gerin de Almeida Camargo, ligado à empresa Toyo Setal, alegam que o acusado merece o benefício por ter ajudado a identificar pessoas e detalhes sobre os desvios de recursos na Petrobras.

Em resposta à abertura da ação penal contra Camargo, ocorrida em dezembro passado, a defesa reafirmou todas as declarações dele em depoimento de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal (MPF). O executivo confirmou pagamento de U$ 30 milhões ao empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, para intermediar a compra de sondas de perfuração para a Petrobras.

“Desta forma, procedem por completo os fatos narrados na denúncia oferecida nos presentes autos, por serem absolutamente fiéis às declarações prestadas por Júlio Gerin de Almeida Camargo em colaboração premiada e, ainda, aos documentos por ele apresentados”, declarou a defesa.

No termo de delação, Camargo afirmou que em 2005 atuou como agente da empresa Samsung para vender para a Petrobras duas sondas de perfuração de águas profundas na África e no Golfo do México. Para fechar o negócio, o delator disse que procurou Soares "pelo sabido bom relacionamento" dele na área internacional e de abastecimento da empresa, dirigidas à época por Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, respetivamente.

Na mesma ação penal são réus o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, o empresário Fernanado Baiano e o doleiro Alberto Yousseff. O prazo para que os advogados dos demais acusados também apresentem resposta às acusações vence na semana que vem.

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