Dilma Rousseff: presidente afirma que "são mentirosas e levianas as acusações lançadas" (Adriano Machado/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2016 às 22h53.
São Paulo - O representante do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, afirmou em delação premiada na Operação Lava Jato que pagou US$ 4,5 milhões para a campanha de reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff, de acordo com o jornal O Globo.
Segundo a reportagem, o engenheiro disse que foi procurado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para ajudar a financiar a campanha em 2014. O pagamento foi feito para João Santana, marqueteiro da campanha, e não foi declarado à Justiça Eleitoral, diz o jornal.
Skornicki teria prometido ainda entregar à força-tarefa da Lava Jato registros de encontros que teria mantido com Vaccari para falar do caixa 2.
O estaleiro é parceiro da Petrobras e da Sete Brasil.
Em fevereiro, a força-tarefa encontrou evidências de que entre 25 de setembro de 2013 e 4 de novembro de 2014 Skornicki transferiu pelo menos US$ 4,5 milhões para a Shellbill Finance SA, offshore aberta no Panamá, que seria do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia Mônica Moura.
A defesa da chapa Dilma/Temer afirmou ao O Globo que todas as despesas da campanha foram contabilizadas e aprovadas pelo TSE.
Em nota, a presidente Dilma diz que "são mentirosas e levianas as acusações lançadas" e reafirma que os recursos pagos a João Santana para a campanha da reeleição em 2014 totalizam R$ 70 milhões – R$ 50 milhões no primeiro turno e R$ 20 milhões no segundo turno. "O ataque promovido por setores da imprensa não irá prevalecer", encerra a nota.