Sabesp: em resposta à delação, Alckmin disse que a obra citada na delação foi licitada em 2006, teve o contrato assinado em 2007 e encerrou em 2010 (Sabesp/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de abril de 2017 às 17h27.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 25, que não tem procedência a vinculação de uma obra da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a supostos pagamentos ilícitos para as campanhas eleitorais em 2014 do PSDB, conforme delatou o ex-presidente da Odebrecht Benedicto Júnior no acordo de colaboração premiada com a Operação Lava Jato.
Em resposta à delação, Alckmin disse que a obra citada na delação foi licitada em 2006, teve o contrato assinado em 2007 e encerrou em 2010.
"Essa informação não tem nenhuma procedência. O contrato acabou faz sete anos", disse o tucano, em entrevista coletiva após o leilão de concessão da Rodovias dos Calçados.
O governador falou ainda que "é preciso ter cuidado" com uma delação premiada e que a denúncia envolvendo a Sabesp não pode ter relação entre o contrato e eventuais doações para campanhas.
"É preciso ter cuidado com delação, tem muita coisa que não tem nada, nem relação de uma coisa com a outra", falou.
Conforme o jornal O Estado de S. Paulo publicou nesta terça-feira, planilhas entregues aos investigadores da Lava Jato por Benedicto Júnior vinculam uma obra Sabesp a pagamentos ilícitos para as campanhas eleitorais em 2014 do governador Geraldo Alckmin e do deputado federal João Paulo Papa, ambos do PSDB. Esta é a primeira vez que a estatal paulista que trata água e esgoto é envolvida no esquema de corrupção.