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Delação foi meu renascimento, diz Joesley Batista

Em artigo publicado pela Folha de S. Paulo, Joesley Batista afirmou que teve coragem para romper com elos inimagináveis da corrupção

Joesley Batista: empresário publicou artigo após 67 dias do escândalo de corrupção envolvendo a JBS (Divulgação/Divulgação)

Joesley Batista: empresário publicou artigo após 67 dias do escândalo de corrupção envolvendo a JBS (Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 23 de julho de 2017 às 10h38.

Última atualização em 23 de julho de 2017 às 10h40.

São Paulo - Em artigo assinado e publicado pela Folha de S. Paulo neste domingo, o empresário Joesley Batista afirmou que o dia 17 de maio - data do vazamento pela imprensa sobre o esquema de corrupção envolvendo a J&F e autoridades políticas, foi um marco em sua vida.

Segundo o empresário, a data ficou marcada como “o dia do seu renascimento.” Joesley Batista afirmou que teve coragem para romper com elos inimagináveis da corrupção praticada pelas maiores autoridades do nosso país, referindo-se ao presidente da República, Michel Temer.

O empresário afirma ainda que desde maio “vive em um turbilhão” o que inclui ainda sua família, amigos e funcionários. Ele destacou que as imagens dele saindo do país como se ele fosse um fugitivo fosse um “completo absurdo.”

Ele ainda citou uma lista de mentiras contadas por políticos, que até então tinham sido beneficiados pelo dinheiro da J&F no financiamento de campanhas.

Entre as mentiras listadas, o empresário destacou que estaria andando por Nova York, jantando em restaurantes luxuosos e até viajado para Mônaco para assistir ao GP de Fórmula 1.

Segundo Joesley, neste período, ele e a família estavam em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. “Nessa altura, porém, eu já havia sido transformado no inimigo público número um, e nada do que eu falasse mereceria crédito.”

O empresário destaca ainda que “mentiram” que ele  seria o responsável pelo vazamento do áudio para imprensa para ganhar milhões com especulações financeiras.

De uma hora para outra, passei de maior produtor de proteína animal do mundo, de presidente do maior grupo empresarial privado brasileiro, a ‘notório falastrão’, ‘bandido confesso’, ‘sujeito bisonho’ e tantas outras expressões desrespeitosas.”

Por fim, Joesley Batista afirma que de volta a São Paulo, ele está focado na segurança de sua família e na saúde financeira das empresas, para continuar garantindo os 270 mil empregos que elas geram.

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