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Delação cancelada envolvia Lula, Dilma e Serra, diz VEJA

A revista teve acesso à delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que foi cancelada na semana passada

Lula e Dilma Rousseff: conversa entre aliados começou pouco depois das 18h (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)

Lula e Dilma Rousseff: conversa entre aliados começou pouco depois das 18h (Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 27 de agosto de 2016 às 08h58.

São Paulo - A delação premiada do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, foi cancelada na semana passada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O estopim foi uma capa da VEJA que revelava a citação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e a reação de ministros da instituição.

De acordo com a revista Veja dessa semana, o material produzido ao longo de cinco meses de tratativas e descartado menciona o ex-­presi­den­te Lula, a campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves e o ministro José Serra.

No caso de Lula, a acusação é de que ele usava propinas da OAS para despesas pessoais e que ele é o verdadeiro dono do tríplex no Guarujá.

Lula e sua esposa, Marisa Letícia, foram indiciados ontem pela Polícia Federal por crimes associados ao tripléx. Eles dizem que a acusação “tem caráter e conotação políticos e é, de fato, peça de ficção”.

Segundo a VEJA, o governo Dilma teria determinado a elaboração de contrato fictício de prestações de serviços de publicidade e pesquisa para pagar despesas de campanha.

Outra acusação é de que a guarda dos bens pessoais de Lula foi feita com vista a conseguir influência em negócios internacionais.

Em relação ao hoje chanceler José Serra, a revista cita acusação de Pinheiro de que a licitação do Rodoanel Sul quando ele era governador de São Paulo em 2007 incluiu 3% em "vantagens indevidas" da Andrade Gutierrez.

O senador Aécio Neves, também do PSDB, também é citado. Segundo a VEJA, a delação de Pinheiro traz a informação de que houve uma necessidade de pagamento de 3% por fora de cada empresa do consórcio envolvido nas obras da cidade administrativa de Belo Horizonte quando ele era governador de Minas Gerais.

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