"Zico tem o nosso apoio para viabilizar a candidatura", disse Marco Polo Del Nero (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 18h58.
Rio de Janeiro - O presidente da CBF, Marco Polo del Nero, anunciou no final da tarde quinta-feira à tarde, por meio de nota no site oficial da entidade, que irá apoiar a candidatura de Zico à presidência da Fifa.
O ex-jogador precisa conseguir a assinatura de outras quatro federações nacionais para ser confirmado como candidato na próxima eleição do organismo que controla o futebol mundial, em 26 de fevereiro de 2016.
Del Nero informou que espera apenas pelas confirmações de apoio de outras quatro entidades nacionais para ratificar oficialmente que respalda a candidatura do ex-atleta de 62 anos, que atualmente é técnico do clube indiano Goa FC.
"Zico tem o nosso apoio para viabilizar a candidatura. Se ele conseguir as outras quatro assinaturas, a CBF vai endossar o seu pleito. Falei com o Napout que temos um brasileiro ilustre com a intenção de concorrer ao cargo de presidente da FIFA. Em condições regulares para entrar na eleição, Zico terá o endosso da CBF", afirmou Del Nero, revelando também que entrou em contato com o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, para falar sobre o assunto.
Zico se reuniu com Del Nero e com presidentes de federações nesta quinta, na sede da CBF, e festejou o resultado de sua visita, na qual soube que poderá contar com a assinatura da CBF para poder concorrer na eleição da Fifa.
"Fiquei feliz com a resposta no sentido de que eu preciso ter cinco apoios, então eu trazendo os outros quatro, a CBF estaria do meu lado. Isso é importante porque eu queria daria o meu pontapé inicial apenas depois de receber o sinal positivo da CBF. Fico agradecido ao presidente", afirmou Zico, que é um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro e na última terça enviou uma carta para a CBF na qual solicitou apoio da entidade.
O ex-meio-campista defendeu a seleção brasileira em 89 jogos, de 1976 a 1989, e marcou 66 gols - é o terceiro maior artilheiro do escrete canarinho, atrás de Ronaldo (67) e Pelé (95).
Longe dos gramados, ele foi secretário nacional de Esportes do governo Fernando Collor de Melo, entre 1990 e 1991.
O cargo equivalia à função de ministro do Esporte, já que o cargo e o próprio órgão só seriam criados em 1995 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na época de Zico, a área de esporte estava sob a responsabilidade do Ministério da Educação.
Nesta semana, o francês Michel Platini, presidente da Uefa e outro grande craque da história do futebol mundial, oficializou a candidatura ao cargo que finalmente será deixado por Joseph Blatter em fevereiro, depois de o dirigente já ter renunciado ao cargo pouco dias após estourar o escândalo de corrupção que provocou a prisão de uma série de dirigentes ligados à Fifa.