Rio Solimões, na Amazônia: taxa de degradação florestal está diminuindo (Antonio Milena/Veja)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2014 às 20h15.
São Paulo - Assim como o desmatamento, a taxa de degradação florestal na Amazônia vem caindo nos últimos anos, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira, 22.
De acordo com o mapeamento, que se refere aos anos de 2011, 2012 e 2013, áreas de 24.650 km², 8.634 km² e 5.434 km², respectivamente, apresentam algum estágio de degradação na Amazônia Legal.
O levantamento foi feito pelo projeto Degrad, sistema do Inpe que mapeia áreas que estão expostas à degradação florestal progressiva, pela exploração predatória de madeira, com ou sem uso de fogo, mas que ainda não foram completamente desmatadas.
O sistema analisa as mesmas imagens de satélite utilizadas pelo projeto Prodes, também do Inpe, que monitora o corte raso da floresta.
Embora tenha sido lançado em 2007, o projeto Degrad não havia divulgado até agora os números de 2011 a 2013.
Segundo o Inpe, o Degrad é uma ferramenta importante para os órgãos de prevenção e combate ao desmatamento, pois permite intervenções em áreas cuja cobertura florestal ainda não foi completamente suprimida e convertida em outros usos como pastagem e culturas agrícolas.
De acordo com análise do Inpe, a taxa de conversão dos dados da degradação florestal para o corte raso no período 2007 a 2013 foi baixa.
A análise dos dados também permitiu concluir, segundo o Inpe, que a ocorrência de fogo na região amazônica influencia diretamente na degradação florestal.
De acordo com os dados, a degradação florestal apresenta clara correlação com a quantidade de queimadas detectadas a cada ano, entre 2007 e 2013, pelo sistema de monitoramento de queimadas por satélites operado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe.