Caio Silva de Souza, de 22 anos, suspeito de acender rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes, é apresentado pela polícia (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 21h39.
Rio - O criminalista Wallace Martins, novo advogado dos manifestantes acusados de terem lançado o rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, morto na semana passada, vai ingressar com pedido de habeas corpus caso a Justiça decrete a prisão preventiva de Caio Silva de Souza e Fábio Raposo. A prisão temporária dos dois, que tem prazo de 30 dias, foi decretada na semana passada.
Para Martins, a prisão não se justifica, porque seus clientes são réus primários e têm endereço fixo. Ele vai defender a tese de que os dois foram negligentes ao acender o rojão, mas que não tinham a intenção de matar. Souza e Raposo foram indiciados pela Polícia Civil sob acusação de homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Os dois já foram denunciados pelo Ministério Público e, agora, cabe à Justiça decidir se aceita ou não a denúncia. Eles podem ir a júri popular. Professor de Direito Penal na Universidade Candido Mendes, Martins assumiu a defesa na terça-feira, 18. Ele vai atuar em conjunto com o advogado Jonas Tadeu Nunes, que o convidou e está no caso desde o início.