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Defesa de Yunes encaminha relatórios médicos ao pedir revogação de prisão

Advogado é alvo do inquérito que investiga suposto esquema de propinas no Decreto dos Portos, editado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado

PF: preso de manhã, defesa pede ao menos a transferência de Yunes para prisão domiciliar (Vagner Rosário/VEJA)

PF: preso de manhã, defesa pede ao menos a transferência de Yunes para prisão domiciliar (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2018 às 20h14.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 20h15.

Brasília - A defesa do advogado José Yunes, amigo do presidente Michel Temer (MDB), encaminhou nesta quinta-feira, 29, ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatórios médicos ao pedir a revogação da prisão temporária, ou, ao menos, a sua transferência pela prisão domiciliar. A defesa sustenta que Yunes é idoso (tem 81 anos), possui bons antecedentes e passa por complicações de saúde.

Yunes foi preso nesta quinta-feira na Operação Skala, por decisão do ministro Luís Roberto Barroso. O advogado é alvo do inquérito que investiga suposto esquema de propinas no Decreto dos Portos, editado pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado.

Segundo a defesa, o advogado apresenta "quadro clínico psiquiátrico com tratamento de ansiedade, caracterizado como transtorno do pânico e faz uso de medicamentos controlados".

Além disso, destacou a defesa, Yunes passa desde junho de 2016 por "tratamentos de quadro de 'dislipidemia' e por acompanhamento 'cardiológico por disfunção valvar'. Naquela época, foi detectado quadro de 'refluxo gastro-esofágico' significativo, sintomas 'cardiocirculatórios', além de quadro de 'ansiedade generalizada com episódios frequentes de agudização'".

Para os advogados, não há notícias de "qualquer conduta concreta a colocar em risco as investigações ou incidentes nas diligências deflagradas".

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