Michel Temer: o caso deverá ser decidido ainda hoje pelo ministro Edson Fachin (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 24 de maio de 2017 às 16h14.
Última atualização em 24 de maio de 2017 às 16h37.
A defesa do presidente Michel Temer recorreu há pouco ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a tentativa da Polícia Federal (PF) de tomar o depoimento do presidente.
De acordo com os advogados, uma escrivã da PF entrou em contato com a banca de advogados nesta manhã para saber quando Temer poderia depor.
Em petição enviada no início da tarde ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito contra o presidente no STF, os advogados sustentam que Temer não pode prestar depoimento porque ainda não está pronta a perícia que está sendo realizada pela própria PF no áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da JBS, gravou uma conversa com o presidente.
"Não obstante, com o devido respeito, entende-se como providência inadequada e precipitada, conquanto ainda pendente de conclusão a perícia no áudio gravado por um dos delatores, diligência extremamente necessária diante das dúvidas gravíssimas levantadas - até o momento - por três perícias divulgadas", diz a defesa.
Os advogados pediram ainda que o se o presidente for interrogado, o ato deverá ser presidido pelo ministro.
"Pede-se vênia, ainda, para reiterar que se o presidente da República for ouvido deverá sê-lo em ato presidido por Vossa Excelência ou responder por escrito quesitos adredemente elaborados", argumentam os advogados.
O caso deverá ser decidido ainda hoje pelo ministro Edson Fachin.