Michel Temer: os advogados alegam que sete gravações não foram juntadas ao inquérito (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de julho de 2017 às 13h53.
Última atualização em 19 de julho de 2017 às 15h37.
Brasília - Advogados do presidente Michel Temer fizeram um segundo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para terem acesso a sete áudios que foram recuperados do gravador do empresário e delator premiado Joesley Batista durante o trabalho do Instituto Nacional de Criminalística (INC).
A defesa aponta urgência diante da proximidade da votação, na Câmara dos Deputados, prevista para o início de agosto, em que os deputados federais decidirão se autorizam ou não ao Supremo Tribunal Federal analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer pelo crime de corrupção passiva junto com o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures.
"Considerando a possível importância dos áudios recuperados para a defesa junto à Câmara Federal, reitera-se o requerimento, a fim de que possa ser atendido imediatamente, antes do dia 01/08, sem prejuízo da manifestação da Procuradoria, com termo final apenas em agosto", pedem os advogados Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Gustavo Guedes.
Como o relator é Edson Fachin, mas o período é de recesso judiciário, o pedido deverá ser analisado pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia.
Para justificar a urgência, os advogados registram que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), anunciou a votação para o dia 2 de agosto.
Eles pedem que os áudios sejam enviados imediatamente, antes mesmo de a PGR devolverem os autos do processo ao STF.