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Defesa de Paulo Preto critica condições de cela e pede transferência

Advogados alegam que Paulo Vieira, preso na Lava Jato suspeito de operar propinas para o PSDB, está em cela de 9m² com 11 presos

Paulo Preto: ex-diretor da Dersa foi condenado a 145 anos de prisão, por desvios de R$ 7,7 milhões (Geraldo Magela/Agência Senado)

Paulo Preto: ex-diretor da Dersa foi condenado a 145 anos de prisão, por desvios de R$ 7,7 milhões (Geraldo Magela/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2019 às 08h39.

Última atualização em 15 de março de 2019 às 08h40.

O advogado José Roberto Figueiredo Santoro pediu a transferência do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, preso na Operação Lava Jato por suspeita de operar propinas para o PSDB. Atualmente, ele está na superintendência da Polícia Federal no Paraná e, segundo a defesa, cercado por outros 11 presos, em uma cela de nove metros quadrados. O defensor requer que Vieira de Souza vá para o Complexo Médico Penal, em Pinhais.

O ex-diretor da Dersa estava preso na Polícia Federal em São Paulo desde o dia 19 de fevereiro, para acompanhar as últimas audiências da ação penal em que foi condenado a 145 anos de prisão, por desvios de R$ 7,7 milhões na estatal. Nesta quarta-feira, 13, ele foi transferido para a carceragem da corporação em Curitiba, para cumprimento de mandado de prisão preventiva na Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato, em que é investigado por supostamente operar R$ 130 milhões em propinas no exterior para políticos do PSDB e agentes da Petrobras.

Ele foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em depoimento aos agentes, Vieira de Souza afirmou que estava vivendo da administração de suas empresas que ainda estão ativas, e que se proclama inocente.

Em petição ao juiz Luiz Antonio Bonat, que assumiu a Operação Lava Jato, o advogado ressalta que ele "possui 70 anos de idade, reside com sua família em São Paulo, e atualmente, em razão de sua transferência para a DPF/PR, encontra-se preso em uma cela de aproximadamente 9 (nove) metros quadrados, com mais 11 (onze) presos acusados de toda sorte de crimes (inclusive hediondos), em local absolutamente insalubre, onde não é possível nem mesmo sentar ou deitar durante todo o dia e/ou noite".

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